O Governo da República Bolivariana da Venezuela expressou através de um comunicado seu repúdio enérgico às declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaçou na sexta-feira (12) intervir militarmente no país sul-americano.
Quem passou pela Praça de Maio, coração de Buenos Aires, no fim de tarde desta sexta-feira (11) não pôde desviar o olhar de Santiago Maldonado. Jovem ativista, de 28 anos, Santiago está desaparecido há dez dias desde que o levaram em operação militar em território indígena mapuche, no sul da Argentina.
O ex-chanceler Celso Amorim repudiou com veemência a ameaça do governo dos Estados Unidos de fazer uma intervenção militar na Venezuela.
A ex-presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta sexta-feira (11), em entrevista à emissora britânica BBC, que considera “irresponsável” a visão do Ocidente sobre a Venezuela e apontou como “absurdo” o tratamento da imprensa internacional ao país. Para ela, "Vão criar, aqui na América Latina, depois de 140 anos de paz, um grande conflito armado, assim como fizeram no Iraque e no Afeganistão".
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, tachou nesta sexta-feira (12) de "loucura" a ameaça feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse que uma "ação militar" não está descartada no país sul-americano.
O presidente de Cuba, Raúl Castro, escreveu a seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, reiterando o apoio cubano ao governo da Venezuela e à Assembleia Nacional Constituinte, instalada em Caracas na última sexta-feira (4).
A Venezuela vive uma de suas mais agudas crises políticas dos últimos tempos. Desde que a direita acirrou o combate contra Nicolás Maduro, mais de cem pessoas foram mortas em manifestações, a escassez de alimentos e medicamentos é cada vez mais grave e a inflação atinge níveis exorbitantes. O Brasil da integração tentaria amenizar o conflito e promover o diálogo, mas o Brasil de Michel Temer coloca lenha na fogueira e busca desestabilizar o presidente do país vizinho.
Por Mariana Serafini
O anúncio da morte do dirigente do Partido Comunista da Argentina foi feito nesta quarta-feira (9), em nota assinada por Victor Kot, secretário geral, e Jorge Kreynes, secretário de Relações Internacionais.
A presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) da Venezuela e ex-chanceler, Delcy Rodríguez, criticou na noite desta quarta-feira (9) as sanções econômicas impostas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos contra funcionários do país, que se somam às que outros quatro já receberam. Segundo ela, as medidas são "ilícitas".
Nesta terça-feira (8), os países da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) declararam apoio ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e rejeitaram as sanções internacionais – entre elas a dos Estados Unidos – contra a Assembleia Nacional Constituinte eleita no último dia 30 de abril por mais de 8 milhões de venezuelanos.
Reagindo ao anúncio de suspensão da Venezuela do Mercosul pelos chanceleres do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, em reunião em São Paulo, no último sábado (5), a presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP), Socorro Gomes, emitiu uma nota de repúdio à flagrante ingerência nos assuntos internos do país vizinho. Socorro denuncia a ilegitimidade do governo atual brasileiro e a violação do direito do povo venezuelano à autodeterminação.
Em março de 2017, a antropóloga Carmen Escalante, da cidade de Cusco, no Peru, professora da Universidade San Antonio Abad de Cusco, defendeu na Universidade Pablo de Olavide, em Sevilha, a tese de doutorado Rugido Alzado en Armas. Los Descendientes de Incas y la Independencia del Perú(Rugido em Pé de Guerra. Os Descendentes de Incas e a Independência do Peru).
Por Fernando Iwasaki*