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Lançamento de Poemas Negros e Outros Nem Tantos é sucesso de público 

O lançamento do livro Poemas Negros e Outros Nem Tantos, de Jorge Fróes, ocorreu na noite de quinta-feira (22/08), em Porto Alegre, lotando o Auditório Barbosa Lessa, no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo. É a segunda publicação do projeto “Ler para Ver Além”, realização da União Metropolitana dos Estudantes Secundários de Porto Alegre (Umespa). O primeiro volume, De Ruas e Sangas, trouxe dois contos de Sidnei Schneider.

Livro Negros

“A entidade tem trabalhado para garantir acesso à cultura para a juventude. Além do projeto de incentivo à leitura, organizamos um cineclube com exibição de 38 filmes todos os sábados e promovemos aulas gratuitas de capoeira na sede, valorizando a luta, a dança e a cultura popular”, afirmou Vitória Cabreira, presidente da Umespa.

O projeto prevê a distribuição de 10 mil exemplares da publicação nas escolas, via entidade e grêmios, a estudantes e professores, para eventual leitura em sala de aula e posterior presença do escritor na escola.

No lançamento de Poemas Negros, houve debate com a participação de Maria do Carmo Campos, poeta, professora e doutora em Letras, e Alexandre Marmett Pahim, vice-presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB-RS). No decorrer do debate, Jorge Fróes leu este poema:

Negro

“Negro é negro mesmo”
Negro é negro mesmo
Negro é negro mesmo.
E o que haveríamos de ser
apesar de todas as armadilhas
(roxo, amarelo, verde)?
“Negro é Negro mesmo”
Com muito orgulho… Negro é
Negro mesmo.

“A poesia de Jorge Fróes é combativa e terna a um só tempo”, destacou o coordenador do projeto Sidnei Schneider. “Há outros tipos de registro, igualmente válidos, como o Escravocratas, de Cruz e Sousa, em que se propõe fazê-los urrar. Com sensibilidade, denúncias, citação de líderes e afirmação da negritude, a poesia de Fróes vai muito longe. É como a capoeira: o jogo, a dança e a luta são inseparáveis.”