“O feminismo é o contrário da solidão”, diz a escritora e candidata ao governo do Rio de Janeiro, Márcia Tiburi. Sendo assim, neste sábado (29), milhões de mulheres estarão unidas, nas ruas de todo o país, para repudiar a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), o candidato à presidência que desrespeita as minorias e ataca os direitos já conquistados pelos trabalhadores.
Por Alessandra Monterastelli e Mariana Serafini
Publicado 28/09/2018 13:53 | Editado 13/12/2019 03:29
Ao longo da semana, dezenas artistas e intelectuais aderiram à campanha #EleNão, cujo objetivo é denunciar o posicionamento reacionário de Bolsonaro e combater a candidatura dele que atualmente lidera as pesquisas de intenção de votos.
A hashtag #EleNão, que faz menção ao candidato do PSL sem citá-lo para não populariza-lo, ganhou força após o grupo do Facebook ser invadido por bolsonaristas. Milhares de mulheres aderiram à causa que ganhou mais visibilidade com a participação de artistas e intelectuais.
As atrizes Bruna Linzmeyer, Letícia Sabatella, Nanda Costa, Camila Pitanga, Claudia Raia, Bruna Marquezine, Deborah Secco, Patrícia Pillar, Fernanda Lima, entre outras, se manifestaram contra o candidato conhecido pelos seus discursos machistas, sexistas, homofóbicos e pelas suas declarações racistas.
As cantoras Anitta, Daniela Mercury e Maria Gadu e as apresentadoras Monica Iozzi e Rachel Sheherazade também aderiram ao #EleNão.
O grupo no Facebook agora já tem mais de 3 milhões de mulheres. Recentemente o Datafolha divulgou uma pesquisa onde mostra que 90% das mulheres de baixa renda rejeitam Bolsonaro. Com o passar dos dias, a campanha feminina inversamente proporcional ao candidato que estagnou nas pesquisas.
As mulheres saem às ruas para dizer que estão unidas contra o retrocesso, que o feminismo, de fato, é o contrário da solidão e que se depender delas #EleNão chega à rampa do Planalto no dia 1º de janeiro de 2019.
Veja a campanha de atrizes: