Projeto resgata negros e negras expoentes do Carnaval de Santos

História de homens e mulheres que construíram a cultura das escolas de samba no litoral de São Paulo é contada em série de postagens

Imagem: postagens da série “Mês da história preta”

Tia Euclydia. Cabo Laurindo. Terezinha Tadeu. Serginho Cipó. Luiz Otávio de Brito. Lídia Majestosa. Neth de Lima. Lello Garoto. Tia Lydionetta. Cláudia França. Daniel Feijoada.

Esses e outros nomes de homens e mulheres – pretos e pretas, do passado e do presente, que construíram a cultura das escolas de samba em Santos – estão tendo sua trajetória resgatada pelo “Mês da história preta”.

A iniciativa é do Santos Carnaval, projeto que difunde notícias, fatos, efemérides, dados e informações em geral sobre o Carnaval santista, conduzido pelo comunicador Claudinho L. Costa.

A biografia dos expoentes negros e negras está sendo publicada diariamente, em postagens no perfil do projeto no Instagram (@santos.carnaval).

“O Santos Carnaval”, diz texto de apresentação do “Mês da história preta”, “vem enaltecer o orgulho do povo preto, que há décadas desenvolve uma festa incrível e com poucos recursos, porém com muita capacidade artística e intelectual”.

A iniciativa busca, ainda segundo o texto, “construir um futuro mais justo, igualitário e inclusivo”, tomando posicionamento e “promovendo uma campanha antirracista”.

A série tem difundido empreitadas desbravadoras, como as de Tia Euclydia e Tia Lydionetta.

Irmãs, elas nasceram no interior, em Rio Claro: Tia Euclydia em 1901, e Tia Lydionetta em 1902. A família migrou para Santos quando elas ainda eram crianças.

Crescidas, “fundaram um grupamento de baianas, que deram origem ao Rancho Carnavalesco ‘Baianinhas do Bonfim’, em 1923, que mais tarde seria o lendário ‘Arrasta a Sandália’”, informa o projeto.  Dedicaram-se mais de 50 anos ao Carnaval.

Entre as personalidades contemporâneas, o “Mês da história preta” já trouxe o nome da cantora Cláudia França, uma das poucas mulheres intérpretes de samba-enredo, com atuações em escolas de Santos e de São Paulo, “dona de uma voz doce”.

“Santista de berço, começou a sua carreira como cantora em 1989, chegando a participar de concursos musicais, inclusive em programas de TV como Ilha Porchat na TV; Domingo Leal e Raul Gil”, pontua postagem.

A série tem sequência no decorrer de novembro. Confira lá: <https://www.instagram.com/santos.carnaval/>

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