Chocou a todas nós, feministas, quando a esposa do presidente Temer foi apresentada à sociedade como “Bela, Recatada e do Lar”. No momento em que quase metade da força de trabalho é de mulheres e elas estão em todas as esferas, ainda que sub-representadas na política e no poder, é quase inimaginável para nós acreditar que este é o lugar da mulher. Uma vez que nossa visão é de que o lugar da mulher, hoje, é onde ela quiser.
Por Ana Rocha*
Contra o retrocesso e pela vida das mulheres brasileiras as trabalhadoras em atos conjuntos com movimentos sociais saem ás ruas do Brasil nesta quinta-feira (8), Dia Internacional da Mulher. “O Brasil continua sendo um dos países mais violentos, onde a cada 2 horas ocorre um feminicídio”, alertou Celina Arêas, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB. Ao lado das bandeiras históricas do movimento está a luta contra o desmonte pós golpe das políticas públicas de gênero.
Virá das ruas, nesta quinta-feira (8), a resposta das mulheres brasileiras ao perverso efeito cascata gerado pelo golpe que tirou Dilma Rousseff da presidência da República em 2016. Em quase dois anos de governo Temer o Brasil testemunha um retrocesso de décadas, em especial nos direitos das mulheres. De outro lado, também cresce a movimentação das organizações feministas resistindo ao custo social gerado.
Por Railídia Carvalho
O Congresso Nacional realizou sessão especial em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, nesta quarta-feira (7), no plenário do Senado Federal. Na oportunidade foi entregue o Diploma Bertha Lutz que homenageia as 26 deputadas que atuaram no processo constituinte entre 1987 e 1988.
Greve simbólica das islandesas em 24 de outubro de 1975 foi ponto de inflexão no país e exemplo de luta pelos direitos das mulheres
Lei que prevê multa de R$ 3 mil por assédio na rua divide autoridades na França; projeto de lei está sendo finalizado, mas provoca controvérsias: associações feministas e até mesmo a polícia se dizem céticas em relação à sua aplicação
A iniciativa começou na Espanha, mas deve se refletir em 177 países, com o apoio de sindicatos. No ano passado, houve um ensaio geral, quando manifestações de massa foram convocadas para a data
Um conjunto de intelectuais e ativistas feministas sediadas nos EUA acaba de publicar um chamado para uma nova greve geral internacional das mulheres neste próximo 8 de março. O texto, assinado por Angela Davis, Nancy Fraser, Barbara Smith, Cinzia Arruzza, Keeanga-Yamahtta Taylor, Linda Alcoff, Liza Featherstone Tithi Bhattacharya, Rosa Clemente e Zillah Eisenstein, defende a urgência de um feminismo combativo para os 99% e que se articule de maneira interseccional
A resistência em defesa dos direitos das mulheres e da democracia brasileira são premissas na nota divulgada pela União Brasileira de Mulheres para os atos e protestos em torno deste 8 de março, que acontecem nesta quinta-feira. A entidade critica o "estado de exceção imposto pelo governo golpista" de Michel Temer e reafirma a luta das mulheres "por um projeto nacional de desenvolvimento" que aponte para um caminho de igualdade entre homens e mulheres".
O feminismo precisar ser sinônimo de batalha coletiva contra a opressão. Nossas bandeiras não podem ser desvinculadas da defesa da democracia.
Por Jandira Feghali*
As religiosas saem do silêncio. No suplemento mensal do sério L’Osservatore Romano (“Observatório Romano”, em tradução livre), as mulheres a serviço da Igreja Católica denunciam ritmos excessivos de trabalhos domésticos e sem direito a uma opinião
Segundo Ângela Guimarães, presidenta nacional da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), a data é marcada por luta e reflexão. Por isso, convoca todas as mulheres para ocuparem as ruas no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher em repúdio a situação criada pelo governo Michel Temer.