A Pesquisa Nacional do Aborto apresentou números alarmantes sobre a magnitude do aborto no Brasil: uma em cada cinco mulheres aos 40 anos já fez, pelo menos, um aborto – isso significa que 4,7 milhões de mulheres já abortaram.
O assunto é polêmico. Discutir o aborto é, além de necessário, urgente. Trata-se de vidas, questão de justiça e escolha da mulher. E no contexto de cortes de investimento na área da saúde, o tema passa a ser fundamental.
"Para que nenhum obstáculo exista entre o pedido de reconciliação e o perdão de Deus, concedo a partir de agora a todos os sacerdotes a faculdade de absolver a todas as pessoas que incorreram no pecado do aborto”, declarou Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, por meio da carta apostólica Misericordia et Misera, no domingo 20.
Por Tory Oliveira*
A organização Não Governamental "Católicas pelo Direito de Decidir", que baseia-se na prática e teoria feministas para promover mudanças na sociedade, especialmente nos padrões culturais e religiosos, manifestou-se a respeito da decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira (28) que, com três votos, optou pela absolvição de membros envolvidos em uma hipotética prática do aborto, no Rio de Janeiro.
A primeira turma do STF, em decisão histórica, revogou prisão preventiva de quatro pessoas que estavam presas, denunciadas por crime de aborto assistido com consentimento da gestante, ou seja, aborto cometido por terceiros e não pela própria mulher, mas com a concordância desta, e formação de quadrilha, previstos nos artigos 126 e 288, respectivamente, do código penal.
Por Cristiana Alli Molineiro e Yasmin Issa Neves*
A rapper MC Carol deu a letra sobre a recente polêmica envolvendo a descriminalização do aborto realizado nas primeiras semanas de gestação. “Antes de ser contra o aborto, procure saber mais. Se você é a favor da vida, seja a favor do aborto”, afirmou a cantora em sua página oficial no Facebook.
A secretária de mulheres do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) Liège Rocha, conversou com o Portal Vermelho nesta terça-feira (30) sobre da decisão de três juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) votarem a favor do aborto até o terceiro mês de gestação. A sessão do supremo desta terça-feira (29) decidiu pela absolvição de membros envolvidos em uma possível prática do aborto, em Duque de Caxias (RJ).
Após três juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) opinarem favoravelmente sobre a prática do aborto até o terceiro mês de gestação, uma polêmica invadiu a sociedade. Contrários ao método argumentam que, por motivos religiosos, o aborto fere os princípios cristãos, mas não compreendem que o Estado deveria ser laico e oferecer o amparo às mulheres que, em uma situação extrema, precisam interromper a gravidez.
Por Laís Gouveia
O Supremo Tribunal Federal criou um precedente para a luta por direitos reprodutivos das mulheres em um voto apoiado por três ministros. Analisando o caso de cinco médicos e funcionários presos por envolvimento em uma clínica clandestina de aborto, no interior do Rio de Janeiro, os ministros do STF votaram pela liberdade dos acusados, alegando que a interrupção voluntária da gravidez até o terceiro mês de gestação não é crime, porque viola os direitos fundamentais da mulher.
O movimento feminista encarou como um avanço a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira (28) que, com três votos, optou pela absolvição de membros envolvidos em uma hipotética prática do aborto, no Rio de Janeiro. O juiz Luís Roberto Barroso argumentou: "A criminalização do aborto antes de concluído o primeiro trimestre de gestação viola diversos direitos fundamentais da mulher".
Por Laís Gouveia
O papa Francisco concedeu a todos os sacerdotes, através de uma carta apostólica divulgada nesta segunda-feira, a faculdade de absolver “de agora em diante” àqueles “que tenham procurado o pecado do aborto”.
Um homem te diz que o filho é uma punição. Porque você deu. Sentiu tesão. A gravidez será o castigo. Filho, o castigo vivo. Será essa a mensagem por trás dos contra o aborto?
Por Maria Bitarello*, Outras Palavras