O vazamento de documentos confidenciais da ocupação do Afeganistão realizado pelo site WikiLeaks.org criará mais problemas para a camapnha de ocupação dos invasores do Afeganistão.
Nesta segunda-feira (25) ocorreu o que se tem chamado na mídia de "uma das maiores fugas de informação de inteligência militar da História. O site Wikileaks, que se transformou no principal meio para divulgar os excessos militares, repassou uma informação a três meios de comunicação ocidentais — The Guardian (britânico), Der Spiegel (alemão) e The New York Times (Estados Unidos) — que envolve tropas americanas.
É como se houvesse ventos, nas escuras montanhas do Hindu Kush, que empurram nuvens impenetráveis, a encobrir a política e a história reais. Esses ventos tocaram, na 3ª-feira, a reunião internacional sobre o Afeganistão, em Cabul, reunião cujo subtexto foi muito mais interessante que a agenda oficial. De fato, no que tenha a ver com o problema do Afeganistão, quase inevitavelmente o surreal subjuga o real.
Por M K Bhadrakumar, no Asia Times Online
Para o presidente do parlamento iraniano, Ali Larijani, os Estados Unidos verão o Afeganistão se transformar em um novo Vietnã, ao comentar os erros que os ocupantes estão cometendo na nação asiática, invadida desde outubro de 2001.
A secretária de Estado dois Estados Unidos, Hillary Clinton, chegou nesta segunda-feira (19) à capital do Afeganistão, Cabul, para reunir o presidente instalado pela ocupação Hamid Karzai e o novo chefe das forças de ocupação do país, o general David Petraeus, para aparar as arestas que existem entre o comando militar e o grupo instalado no poder afegão.
A saída do general Stanley McChrystal do comando das forças norte-americanas no Afeganistão destaca não só o quão atolados em conflitos estão os Estados Unidos, mas também pelas semelhanças surpreendentes entre o Vietnã – agora a segunda maior guerra da história dos EUA – e no Afeganistão.
Por Saul Landau*, no Opera Mundi
Na explosiva entrevista à revista Rolling Stones o general McChrystal dispara em todas as direcções, não poupando sequer Barack Obama, a quem sempre apoiou. Será apenas o desespero pelo desenrolar da guerra no Afeganistão?
Por Tariq Ali*, na London Review of Books
Analistas políticos dos Estados Unidos acreditam que a indicação de David Petraeus como novo comandante das forças americanas no Afeganistão sinaliza uma longa presença militar americana no país.
As forças de ocupação do Afeganistão, lideradas pelos Estados Unidos, iniciaram no último domingo uma grande operação na região de Kandahar, utilizando boa parte dos 30 mil efetivos militares enviados para o país pela administração dos Estados Unidos.
Horst Köhler renunciou nesta segunda-feira (31) à presidência da Alemanha. Motivo: a má repercussão da entrevista que ele deu a uma rádio, ao voltar de uma visita ao Afeganistão ocupado. Köhler tinha declarado que enviar tropas a um país estrangeiro pode ser necessário "para proteger nossos interesses, como, por exemplo, liberar rotas comerciais ou prevenir instabilidades regionais". Ou seja, caiu por dizer a verdade.
Por Bernardo Joffily
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, iniciou nesta quarta-feira (12) uma visita de quatro dias aos Estados Unidos, na tentativa de diminuir a crescente tensão entre os dois países, agravada pela matança recorde de civis pelos ocupantes americanos no último ano.
A insegurança reinante no Afeganistão forçou nesta terça-feira (27) a ONU a retirar seu pessoal estrangeiro e fechar a sua missão na cidade de Kandahar, sul do país, região de intensos conflitos após o anúncio de uma ofensiva dos Estados Unidos e do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan).