Diante do avanço do desmatamento e das queimadas na Amazônia, um grupo de juristas brasileiros prepara desde 23 de agosto uma denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro por crime ambiental contra a humanidade. A denúncia será apresentada ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda.
A crise na Amazônia continua a ter grande repercussão na imprensa estrangeira. As queimadas nas florestas brasileiras ainda são o principal assunto sobre o Brasil na mídia internacional e nos jornais mais influentes do planeta.
Por Olímpio Cruz*
O Brasil pega fogo costumava ser apenas uma metáfora para retratar disputas políticas. Hoje, tem um sentido literal que reflete mais do que o descaso com o meio ambiente, o descompromisso total com o país, compromisso substituído por interesses sórdidos que têm no governo Bolsonaro sua máxima expressão.
A crise na Amazônia – que abalou ainda mais a imagem do governo Jair Bolsonaro (PSL) – tem de ser ponto de inflexão para a oposição brasileira. A opinião é do linguista norte-americano Noam Chomsky, que, aos 90 anos, está novamente em visita ao País e concedeu entrevista à Folha de S.Paulo. Segundo Chomsky, a esquerda de vários países abraçou o combate à mudança climática e a defesa do meio ambiente como formas de fazer oposição a líderes populistas de direita – mas não no Brasil. Confira.
Parlamentares da oposição na Câmara criticaram a política ambiental do governo Jair Bolsonaro, que foi classificada como "desastrosa" e lesiva à preservação da floresta amazônica e à soberania nacional.
Por Walter Félix, do PCdoB na Câmara
Depois de impor condições para receber dinheiro do G7, presidente escuta governadores e retira exigência de pedido de desculpas de Macron.
Por Eumano Silva, do Metrópoles
O processo de preparação do Sínodo da Amazônia, convocado pelo papa Francisco para acontecer em outubro, vem incomodando forças conservadoras no Brasil e em Roma. O Exército já expressou sua desconfiança em relação à iniciativa que busca dar “rosto amazônico” à Igreja ouvindo pessoas carentes, ribeirinhos e indígenas. O documento que serve como base para a discussão dos bispos é considerado blasfêmia pela ala reacionária do Vaticano.
Acuado pelas pressões internas e externas, pelo agronegócio e militares, Bolsonaro recua instalando um gabinete de crise para tentar apagar o incêndio que ele mesmo criou, e que tem consequências em três frentes distintas: a ambiental, as relações internacionais e a econômica.
Por Jorge Gregory*
Fazendeiros bolsonaristas formam grupo no WhatsApp para coordenar o “dia do fogo” no Sul do Pará.
Por José Carlos Ruy
O processo de ocupação da Amazônia tem sido disputado, ao longo dos tempos, por 3 correntes ideológicas básicas: produtivistas, santuaristas e sustentabilistas, embora, como é compreensível, boa parte dos reais operadores dessas correntes nem sempre tenham clareza teórica acerca disso.
A Agência Espacial Europeia alerta que, sob o governo Jair Bolsonaro (PSL), os incêndios na região da Amazônia quadruplicaram. Os dados se referem aos incidentes de janeiro a agosto de 2019, comparados aos dados do mesmo período de 2018.
“O patrimônio da Amazônia – que pertence à toda população brasileira e deveria ser explorado de forma racional em benefício da atual e das futuras gerações – vem sendo saqueado por madeireiros, pecuaristas e garimpeiros e seus compradores brasileiros e estrangeiros. O governo não conta, mas a região já está integrada ao capitalismo global. Ou seja, já foi ‘internacionalizada’.”
Por Leonardo Sakamoto