O presidente chinês, Xi Jinping, fará um périplo pela América Latina a partir desta quinta-feira, até o dia 23 de novembro. Além de visitar o Equador, Peru e o Chile, ele participará do 24º encontro da APEC, a ser realizado em Lima.
Por Renato Lu*, do Diário do Povo Online
A próxima visita do presidente da China, Xi Jinping, a três países da América Latina, no que será sua terceira viagem a essa região durante seu mandato, é vista hoje por analistas como um estreitamento dos laços bilaterais.
Os países da América Latina devem participar ativamente da Iniciativa do Cinturão e Rota como uma maneira efetiva de impulsionar a conexão e a cooperação Sul-Sul, disse na sexta-feira à Xinhua o embaixador do Chile na China, Jorge Heine.
O presidente chinês Xi Jinping realizará uma visita de uma semana à América Latina que começa na próxima semana, anunciou na quarta-feira (9) o Ministério das Relações Exteriores da China.
Este artigo surge a partir da comoção mundial em relação ao triunfo de Donald Trump nos Estados Unidos. Pretendo abordar alguns pontos para ter uma leitura geopolítica de um fato que marca um antes e um depois no cenário global.
Por Juan Manuel Karg
Líderes latino-americanos saudaram o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira (09) após o resultado da das eleições realizadas na terça-feira (8). Enquanto a Venezuela aproveitou para ressaltar o pedido de respeito à sua soberania, Argentina e Colômbia destacam o desejo de cooperação com o novo líder norte-americano. Diante do cenário que se desenha na potência mundial, o ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica resumiu seu sentimento em uma só palavra: “Socorro”.
Desde que começou a campanha eleitoral para nos Estados Unidos, especialistas em política internacional não previram “nada de bom” para a América Latina no caso de triunfar qualquer um dos dois candidatos – Hillary Clinton e Donald Trump – e muito menos com a vitória da segunda opção. O cientista político alemão Andreas Boeckh, professor emérito da Universidade de Tübingen, havia advertido: “nenhum dos dois candidatos estão para que a América latina celebre”.
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) prevê retração de 0,9% no Produto Interno Bruto da região em 2016. Segundo a entidade, diante da recessão, a taxa de desemprego chegou a 9,2% no 1º semestre, ante 7,6% em igual período de 2015. Paralisado pelo boicote à gestão de Dilma Rousseff e agora sob o comando de Michel Temer, o Brasil teve a pior taxa da região para o período – 12,4% de desempregados, um aumento de 3,5 pontos percentuais em relação ao 1º semestre de 2015.
“A América Latina é, ao mesmo tempo, o continente mais urbanizado e também o mais desigual do mundo e a gente não pode fechar os olhos para isso”, explicou Rayne Ferretti, encarregada brasileira do Programa da ONU para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat). Os estudos apontam que até 2050 86% da população do continente será urbana, mas este desenvolvimento nas cidades não significa redução nas desigualdades.
Em entrevista ao Café na Política, o politólogo Moniz Bandeira, que vem de lançar o livro A Desordem Mundial, pela Civilização Brasileira, conclui que os Estados Unidos já perderam a guerra na Síria e na Ucrânia. Por isso, se metem agora a derrubar os governos progressistas do Brasil, Argentina e Venezuela.
No entanto, para as economias da América Central a expectativa é de uma taxa de crescimento de 4% para 2017, acima dos 3,7% projetados para 2016. Caso seja considerada a América Central mais o México, as projeções são de 2,5% para 2016 e de 2,6% para 2017. No Caribe de língua inglesa ou holandesa, a estimativa é de crescimento médio de 1,4% para 2017, cifra que contrasta positivamente com o recuo esperado de 0,3% em 2016.
Que pese os embates da crise econômica pela baixa das matérias-primas, incluída o petróleo, a Rússia vem realizando hoje um reforço paulatino dos laços comerciais com América Latina.