Tradição e liberdade se fundem, na sonora iniciativa de dar voz à celebração de um povo: no próximo domingo (26), na sala Villa-Lobos, em Brasília-DF, um dos maiores expoentes do tango se apresentará — o instrumentista Rodolfo Mederos — atrela concerto à data nacional argentina (25 de maio), que demarcou, em 1810, a luta de independência daquele país.
A marca de roupa Zara, de capital espanhol, subcontrata na Argentina sua produção a ateliês têxteis clandestinos onde se escravizam costureiros migrantes. A marca aplica a mesma metodologia de exploração ilegal e desumana em São Paulo, Brasil, até o ponto de que teve que pagar uma multa milionária por esses mesmos delitos que também lhe imputam outros 11 países.
Por Lucas Schaerer, na Adital
A última ditadura militar argentina (1976-1983) foi uma das mais sangrentas do continente americano. Deixou um saldo de 30 mil desaparecidos ao longo de seis anos marcados por perseguição a opositores, tortura e adoção ilegal dos filhos de prisioneiros políticos.
A titular das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, afirmou que, após a morte do ditador e genocida argentino, Jorge Rafael Videla, que faleceu na sexta-feira (17), esteve “sufocada com dor, angústia, raiva e tristeza” e “não tinha forças para falar”, mas em seguida sentiu uma explosão no coração e pensou: “Que sorte que tivemos filhos tão valentes!”. Hebe também denunciou os que apoiaram a última ditadura e “hoje rasgam as vestimentas” e “chamam Videla de genocida ou ditador”.
Jorge Videla cumpriu o papel que dele se esperava na Operação Condor, o pacto terrorista que há 27 anos ocupou um capítulo importante na agenda argentina com o Brasil. O ditador Ernesto Geisel recebeu de bom grado a “nova” política externa do processo de reorganização nacional (e internacional), tal como se lê nos documentos, em sua maioria secretos até hoje, obtidos pela Carta Maior.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva advogou nesta sexta-feira (17), em Buenos Aires, que Brasil e Argentina devem continuar como líderes do processo de integração regional. “Rezo todos os dias para que Cristina e Dilma pensem grande porque, se andam bem e funcionam bem, estarão consolidando a integração na mente de outros dirigentes da América do Sul”, disse, durante cerimônia no Senado na qual foi agraciado com oito títulos de doutor honoris causa de universidades argentinas.
O premio Nobel da Paz argentino, Adolfo Pérez Esquivel, afirmou, nesta sexta-feira (17), que a morte do ditador Jorge Rafael Videla encerra um ciclo da história da nação e “vai além de Videla, é uma política que se implementou em todo o país e na América Latina”.
A jornalista argentina Stella Calloni, define a Operação Condor como o pacto criminoso entre os governos militares da década de 1970 de Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai que deixou como saldo mais de 100 mil vítimas no Cone Sul. Suas vítimas foram os dirigentes sindicais, estudantis, professores, jornalistas, religiosos/as, os seguidores da Teologia da Libertação, advogados, médicos, cooperativistas, intelectuais, ou seja, a classe pensante da América Latina.
Por Martín Almada
"O inferno é pouco", definiu o jornal argentino Página 12, sobre a morte do ditador Jorge Videla; responsável por milhares de assassinatos, pelos quais foi condenado a prisão perpétua, Videla morreu de causas naturais aos 87 anos, na Penitenciária Marcos Paz; ele próprio admitiu a responsabilidade pelas "mortes e desaparecimentos de entre 7 mil e 8 mil pessoas" durante seu governo.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, inauguraram em Buenos Aires uma universidade construída pelo Sindicato de Porteiros e Zeladores de Prédios. É a primeira instituição de ensino superior na América Latina criada por uma organização sindical. Nesta sexta-feira (17), Lula recebe, no Congresso, títulos de doutor honoris causa de várias universidades argentinas.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na noite desta quinta-feira (16), junto com a presidenta argentina Cristina Kirchner, da inauguração da Universidade Metropolitana para a Educação e o Trabalho (UMET). A universidade foi criada pelo sindicato de trabalhadores em prédios e condomínios da Argentina.
Após a grande repercussão, na imprensa argentina e internacional, o governo da presidenta Cristina Kirchner se posicionou a respeito da polêmica em torno de uma possível intervenção no jornal Clarín. O deputado governista Carlos Kunkel declarou, nesta quarta-feira (14) que a presidenta não tem nenhum plano para intervir no Grupo Clarín.