Eleito com o discurso de que seria um administrador pouco preocupado em abraçar compromissos políticos e ideológicos, Maurício Macri, 57, completa um ano na presidência da Argentina com índices econômicos decepcionantes.
"Um golpe militar contra a presidenta argentina pode ocorrer a qualquer momento. Somente as dúvidas de alguns oficiais-chave paralisam a decisão final. Os preparativos para o golpe estão prontos. Os navios e membros da Marinha já foram deslocados para pontos estratégicos por todo o país para controlar possíveis distúrbios após a tomada de poder." O relatório da CIA, recebido por Gerald Ford em 5 de março de 1976, antecipava o golpe que aconteceria na Argentina 19 dias depois, em 24 de março.
Uma iniciativa liderada pela Associação de Comunicadores da Argentina pela Internet (ACAPI) mobiliza, nesta terça-feira (13), organizações políticas e sociais para pedir ao presidente Mauricio Macri a liberdade da líder social Milagro Sala.
A Argentina passou o ano que recém conclui por uma das etapas de maior violência contra as mulheres, com cifras realmente preocupantes: mais de 235 vítimas fatais, sem contar denúncias por maus-tratos e agressões.
As Mães da Plaza de Mayo, um símbolo de luta e exemplo de dignidade em todo o mundo, reúnem-se nestas quinta-feira (8) e sexta-feira (9) para uma nova "Marcha da Resistência" contra o governo de Mauricio Macri.
O presidente argentino, Mauricio Macri, seu ministro da Fazenda, Alfonso Prat Gay, e o chefe do Banco Central, Federico Sturzenegger, foram processados pela emissão de títulos de dívida de curto prazo.
Passado o primeiro ano de governo, pesquisa realizada com eleitores entre 16 e 70 anos mostrou que para a maioria, governo do neoliberal ainda não engatou.
O Grupo de Trabalho da ONU sobre Detenção Arbitrária que há meses atrás exigiu a libertação imediata da dirigente indígena Milagro Sala, aceitou um convite do governo de Maurício Macri para visitar o país. Porém, reiterou que “a única resposta satisfatória” à exigência, é a “libertação” da líder da organização Tupac Amaru.
A economia em seu pior momento e uma raiva cresce cada vez mais entre grande parte dos argentinos. Esta é a síntese do quadro mostrado pelas últimas pesquisas de medição da opinião pública, e que se refletiu na mobilização dos trabalhadores na última sexta-feira (18), quando boa parte dos dirigentes sindicais tomou distância do governo de Mauricio Macri.
Por Raúl Kollmann, no Página/12
O governo da Argentina responderá, nesta sexta-feira (18), à solicitação do grupo de trabalho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) para que a ativista Milagro Sala seja libertada do cárcere que já ultrapassa 300 dias.
Mais de 127 mil argentinos ficaram desempregados nos primeiros nove meses de 2016, segundo cifras do sistema de Seguridade Social.
A líder indígena Milagro Sala, presa em janeiro deste ano, completa nesta sexta-feira (11) 300 dias no cárcere. O governo de Maurício Macri não se pronunciou a respeito dos pedidos da ONU e do Parlasul que exigem libertação imediata da dirigente.
Por Mariana Serafini