Pouco antes da uma da tarde da quinta-feira [31], último dia de outubro, o ministro argentino da Defesa, Agustin Rossi, recebeu um telefonema do brigadeiro Mario Callejo, chefe do Estado Maior da Força Aérea. Parecia um telefonema de rotina entre o ministro e um de seus subordinados fardados. Mas, não: foi um telefonema revelador.
Dentre os 1,5 mil documentos da ditadura argentina, descobertos na semana passada e divulgados pelo governo argentino na terça-feira (5), diversos revelam que a junta militar nos anos 70 ajudou as empresas jornalísticas Clarín e La Nación a comprar parte da Papel Prensa, maior empresa de papel-jornal do país.
Em pronunciamento na Câmara, o deputado Fernando Ferro (PT-PE) elogiou o novo marco regulatório para a comunicação social da Argentina. A Suprema Corte do país considerou a “Ley de Medios” constitucional, encerrando uma batalha judicial do governo contra o grupo Clarín que já durava três anos. Para Fernando Ferro, a consolidação da nova lei argentina é um marco para a América Latina e para o mundo.
A Argentina divulgou nesta terça-feira (5) a descoberta de arquivos secretos da ditadura militar no país. Chamados de "lista negra", os documentos apontam artistas e personalidades da sociedade argentina como "perigosos ao regime". Dentre eles, Mercedes Sosa (uma das cantoras mais influentes do século 20) foi vigiada pelo governo. No total, são 1,5 mil documentos inéditos, 280 deles com as transcrições de gravações das reuniões da Junta Militar que governou o país entre 1976 e 1983.
A presidente argentina Cristina Kirchner tem "boa evolução" do quadro clínico depois da cirurgia à qual foi submetida em 8 de outubro. A informação é de um novo boletim médico divulgado nesta sexta-feira (1º/11).
No último domingo (27) ocorreram eleições para renovar parte do parlamento argentino. Abertas as urnas se soube que o oficialismo (governo) continuará sendo a força política mais importante no Congresso Nacional. Em termos nacionais, no entanto, a Frente Para la Victória, de Cristina Kirchner, caiu dos 52,1% de votos obtidos em 2011 para 32,9% agora.
Por Wagner Iglecias*, na Revista Fórum
A Frente para a Vitória, um dos partidos que apoiam Cristina, conseguiu reter maioria, ainda que apertada, na Câmara e no Senado. Isso bastará para 2015?
Por Emir Sader*, em seu blog
O partido Frente para a Vitória (FPV), da presidenta Cristina Kirchner, foi o mais votado nas eleições legislativas da Argentina, realizadas neste domingo (27). Segundo projeções oficiais, com quase 7,7 milhões de votos, 33% do total, conta com a maioria de 132 cadeiras na Câmara de Deputados. Apesar de continuar sendo a principal força política a nível nacional, o partido de Cristina perdeu nos principais distritos eleitorais.
A Argentina realiza, neste domingo (27), eleições para o parlamento do país. Recém operada, a presidenta Cristina Kirchner se recupera da drenagem de um hematoma na cabeça e não participou da última etapa da campanha, que dará o tom para a disputa pela presidência em 2015.
As assembleias socioambientais de Córdoba mantêm há um mês um bloqueio no imóvel da Monsanto, onde a companhia pretende construir a maior fábrica de sementes de milho da América Latina. Os membros exigem que a população possa escolher se aceita, ou não, ter 240 enormes depósitos em seu bairro.
Por Darío Aranda, no Página/12
As comparações políticas entre o Brasil e a Argentina mostram traços comuns: Peron e Getulio, Frondizi e JK, as ditaduras militares, Alfonsin e Sarney, Menem e FHC, Nestor Kirchner e Lula, Cristina e Dilma.
Por Emir Sader*, em seu blog
Pesticidas fabricados pela Monsanto, indústria de agricultura norte-americana, são suspeitos de serem os responsáveis por problemas de saúde que vão desde defeitos congênitos a câncer na Argentina, segundo uma reportagem da Associated Press (AP) divulgada nesta segunda-feira (21). De acordo com a agência, a ausência de leis que regulem agrotóxicos levou ao uso incorreto deles no país, levando determinados estados a terem taxas maiores de câncer, por exemplo, que outros.