As potências nucleares se recusam a negociar uma futura convenção para proibição definitiva das armas atômicas; países não-detentores de armamentos nucleares reagem, bloqueando outras medidas de controle.
O acordo celebrado em Teerã entre o Brasil,a Turquia e o Irã despertou a fúria dos EUA, que insistem na política imperialista de punições, um caminho que contraria os anseios de paz da humanidade.
Por Socorro Gomes*
O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva comemorou nesta segunda-feira (24) com seus ministros como uma segunda vitória a informação de que o Irã entregou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a carta com os detalhes sobre o acordo nuclear assinado com Brasil e a Turquia na última segunda-feira (17).
O Irã entregou nesta segunda-feira (24) à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a carta com os detalhes do acordo de troca de material nuclear assinado na última segunda-feira (17) com Brasil e Turquia. A República Islâmica classificou o acordo como um passo importante no caminho da solução de um impasse com potências mundiais que agora buscam a imposição de sanções ao Irã.
O senador Inácio Arruda vai representar o Senado Federal Brasileiro na Conferência Internacional sobre o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (NPT). A reunião acontece na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York, nos dias 24 e 25 de maio (segunda e terça-feira), presidido pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon. Os 189 Estados que fazem parte da Conferência se reúnem a cada cinco anos para reavaliar e verificar a implementação do Tratado nos últimos anos.
O Brasil está pronto para dominar o ciclo nuclear completo em escala industrial. A inauguração da primeira fase da Usina de Hexafluoreto de Urânio (Usexa), prevista para este ano, permitirá que o país atue em todas as etapas do beneficiamento do mineral radioativo — desde a extração até a fabricação do combustível nuclear em grande proporção.
O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) vai representar o Senado Federal Brasileiro na Conferência Internacional sobre o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (NPT). A reunião acontece na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, na próxima segunda e terça-feira (24 e 25), presidido pelo Secretário-Geral da entidade, Ban Ki-moon.
O governo Venezuelano, por meio de seu presidente Hugo Chávez, expressou nesta sexta-feira (20), seu apoio irrestrito ao acordo alcançado no Irã sobre o uso da energia nuclear com fins pacíficos, o qualificando como uma vitória das nações do Sul sobre a agenda de agressão e de violência impelida pelo império estadunidense".
Os poderosos precisam enviar permanentemente sinais de força; seus arsenais carecem de testes práticos e seus complexos tecnológico-industriais, de encomendas. Assim, a invasão do Irã estava traçada: diabolização de suas lideranças, imposição de apertos econômicos, fomento à oposição política interna, convencimento da opinião mundial de que a bomba atômica estaria sendo preparada e que o mundo ficaria mais feliz com Ahmadinejad enforcado.
Manuel Domingos Neto*
O governo da China, um dos cinco países com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), anunciou nesta terça-feira (18) ser favorável ao acordo para a troca de combustível nuclear iraniano em território turco, assinado na segunda-feira por Irã, Brasil e Turquia.
Passados 65 anos do fim da 2ª Guerra Mundial, a bomba atômica ainda ameaça o mundo. Daí a importância das negociações na 8º Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear, que acontece neste mês em Nova Iorque. No vídeo da TV Vermelho, entrevistados defendem o uso da energia nuclear para fins pacíficos e medidas pelo desarmamento atômico como fundamentais para a consolidação da paz mundial.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou na manhã desta segunda-feira (17) que houve acordo sobre a questão da energia nuclear do Irã. O acerto prevê que o Irã entregará 1.200 quilos de urânio à Turquia e receberá 120 quilos do produto enriquecido com monitoramento de organismos internacionais. O acordo entra na história como uma das mais emblemáticas vitórias da diplomacia brasileira e projeta o Brasil e o presidente Lula como protagonistas de primeira linha na política global.