A debandada é vista pelo mercado como uma reprovação à política fiscal de Bolsonaro. Governo quer furar teto de gastos para bancar medidas eleitoreiras.
A austeridade induzida pelo FMI no início de 2000 por uma redução nos gastos com saúde na Guiné, Libéria e Serra Leoa, deixou-os suscetíveis à crise do Ebola em 2014. Os três foram os países mais afetados, o que causou mais de 11.000 mortes.
“Qualquer um de nós poderia derrotar Bolsonaro. Não é isso que precisa ser discutido”, enfatizou o ex-governador e ministro, criticando a política econômica fiscalista e reprimarizante.
O seminário terá oito aulas ministrada à distância e as inscrições são limitadas.
No imaginário popular brasileiro, a noção de reforma vem sempre acompanhada de uma imagem positiva, no sentido do aperfeiçoamento de determinado instrumento, medida ou política. Porém, nos casos mais recentes o que se tem verificado é o contrário.
Na verdade, o coronavírus é um álibi convincente para muitos de que a política econômica não tem poder de reverter a recessão, a menos que os governadores e prefeitos aceitem relaxar as medidas de isolamento social.
O crescimento da dívida pública é tido como inevitável por boa parte dos economistas, para quem, após a pandemia, deve-se retomar o teto de gastos, reduzir salários etc. Defendemos, porém, que o fim da crise atual não passa pela agenda de cortes e reformas.
O governo do Brasil, a partir de uma visão de enxugamento do Estado que vem sendo abandonada em todo o mundo, vê os gastos com bolsas para pesquisadores como não prioritários e assim desestrutura a ciência. Os prejuízos no pós-pandemia serão notáveis.
Enquanto isso, outros países aumentam gastos sem preocupação com o horizonte fiscal e cogitam nacionalizar empresas.