Não há projeto de lei para privatização, mas bancos públicos são esvaziados com redução de estrutura e importância.
O ministro Bruno Dantas atendeu solicitação do Ministério Público, que pediu investigação de interferência indevida do secretário de Comunicação do Planalto, Fabio Wajngarten, e de um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, na publicidade do banco público.
Além de peça-chave para fazer chegar o auxílio emergencial à população e promover programas sociais, esses bancos são relevantes para manter o circuito do crédito e a circulação da renda num ambiente econômico mais incerto, no qual bancos privados se retraem, avessos ao risco.
Bancários que moram com pessoas dos grupos de risco para a Covid-19 denunciam que gerentes pressionam para o retorno ao trabalho entre outras ameaças.
O discurso oficial do presidente Jair Bolsonaro é de que o Banco do Brasil não está nos planos de privatização de governo. Mas a imprensa anuncia que medidas do ministro Paulo Guedes podem desconfigurar completamente o banco, facilitar a demissão e a contratação de funcionários e levar à venda fatiada do banco.
Coisas diferentes, ou, sejamos claros, estranhas têm acontecido no BNDES na gestão do sr. Gustavo Montezano. Todos os empregados do Banco sabem disso. Infelizmente, a opinião pública segue obcecada por falsos problemas.
As três maiores estatais brasileiras que o governo de Jair Bolsonaro quer privatizar – Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil – registraram, juntas, lucro líquido recorde de R$ 52 bilhões em apenas nove meses, de janeiro a setembro deste ano, de acordo com dados divulgados pela Economatica nesta quarta-feira (13). O recorde anterior, registrado no mesmo período de 2018, foi de R$ 51,9 bilhões.
O Conselho de Administração do Banco do Brasil (BB) divulgou, nesta segunda-feira (29), um Plano de Adequação de Quadros (PAQ) que reúne um conjunto de ações para promover uma chamada reorganização institucional, incluindo um Plano Demissão Voluntária (PDV) com o objetivo de diminuir o efetivo de funcionários do banco.
A sanha do futuro ministro da Economia Paulo Guedes de tornar a economia brasileira mais aberta e ultraliberal é tamanha que ele agora cogita uma fusão do Banco do Brasil com o Bank of America. O próprio Guedes confirma que a ideia existe, mas "é para ser discutida, se for o caso, lá no futuro". A proposta, ele conta, surgiu em uma conversa com Alexandre Bettamio, presidente do banco norte-americano no Brasil e, coincidentemente, colaborador "voluntário" da equipe de transição de Bolsonaro.
O mercado financeiro está animado com os sinais do governo Michel Temer de que privatização do principal banco brasileiro, o Banco do Brasil, está avançando. As ações da instituição financeira fecharam com alta de 0,58%, nesta sexta-feira (8), com a notícia de que o banco implantará novo plano de demissões. Na abertura das negociações, os papéis da companhia tiveram forte elevação e chegaram a subir 2,66%.
Continua o desmonte do Banco do Brasil como parte do projeto do governo Temer, que ameaça de privatização as empresas públicas. O BB anunciou o fechamento de mais quatro agências bancárias no Ceará.
Como parte da estratégia de esvaziamento dos bancos públicos do governo Michel Temer, o Banco do Brasil está fechando agências de varejo não só dentro do país, como também fora dele. Após ter desativado nos últimos meses unidades em mercados como Venezuela, Uruguai, Seul e Hong Kong, a instituição financeira acaba de fazer o mesmo em Portugal, onde as agências de Lisboa e do Porto atendiam cerca de oito mil correntistas.