Um documento do grupo de reflexão Bruegel, assinado pelo economista Nicolas Véron, mostra que 39,18% dos maiores bancos europeus, aqueles que caíram na alçada da supervisão do Banco Central Europeu (BCE) com a União Bancária, são integralmente públicos ou têm como maior acionista uma instituição pública.
Os juros altos no Brasil fazem com que a população mais pobre transfira mais de 50% de seus recursos para pagar empréstimos e serviços bancários.
Em recente estudo divulgado pelo CEPR (Center for Economic and Policy Research), respeitado instituto de pesquisa econômica nos EUA, o Brasil pagou em 2016 o equivalente a 7,6% do PIB em juros da dívida pública. Para se ter uma ideia, isso coloca o país como o quarto maior encargo dentre 183 pesquisados, ficando atrás apenas do Líbano, Gâmbia e Iêmen.
Por Augusto Vasconcelos*
Esse é o laço estreito entre Temer e o financismo: oferecer todas as vantagens ao capital em troca de um esforço de sobrevida política.
Por Paulo Kliass *
Os juros médios e o spread bancário no Brasil continuaram subindo em fevereiro, apesar do ciclo de queda dos juros básicos e de queda na inadimplência, informou o Banco Central nesta quarta-feira.
O governo do golpe orquestrado por Michel Temer ataca tudo o que tem a ver com a esfera pública, em favor da esfera mercantil. Contra a educação pública e a favor da educação privada. Contra a saúde pública e a favor dos planos privados de saúde. Contra a cultura pública e a favor da cultura mercantil.
Por Emir Sader*, nas RBA
As instituições financeiras públicas estão sob ataque. Esta é a avaliação de entidades que representam os trabalhadores do ramo. Mudanças estruturais estão atingindo a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil (BB) e os funcionários do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) temem sua privatização.
Parlamentares questionaram indicação do presidente sem acordo com líderes, troca de titulares por suplentes e falta de isenção do relator, que teve campanha financiada por interessados em previdência privada.
Por Hylda Cavalcanti
A decisão de investir das empresas é baseada nas decisões de quais ativos comprar e como financiá-los, por meio de uma combinação de recursos próprios (ou seja, lucros retidos) e recursos externos via endividamento ou por intermédio da emissão de ações. Bancos tradicionais têm na sua essência a criação de poder de compra, por meio do crédito, permitindo assim a aquisição de bens e serviços necessários para a produção.
Por Felipe Rezende*
Enquanto o Brasil aprofunda a recessão, com as empresas indo à bancarrota e cerca de 12 milhões de pessoas desempregadas, o setor financeiro continua alheio às intempéries. Na contramão do que ocorre na economia real, maior banco privado do país, o Itaú Unibanco ampliou seus ganhos. Lucrou R$ 5,8 bilhões no último trimestre de 2016, uma alta de de 4% em relação ao período anterior e de 1,8% sobre o quarto trimestre de 2015.
Estamos entregando o país aos negócios privados, principalmente estrangeiros, à revelia da sociedade brasileira.
Segundo estudo do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), 60,8% dos consumidores não conseguem renegociar dívidas com os bancos, o que amplia a inadimplência. Os principais motivos para o insucesso na renegociação são a terceirização do débito para outra empresa, ter um pedido de novo prazo para o pagamento negado e intransigência do banco na renegociação de dívidas que ainda não apontam inadimplência.