Ao anunciar que vai torrar as reservas internacionais, ao mesmo tempo em que abre os braços para os Estados Unidos e dá as costas para o Mercosul e China, Paulo Guedes prescreve uma amarga receita para o povo brasileiro.
Por Osvaldo Bertolino*
Em entrevista à rádio francesa France Inter, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, que fugiu da ditadura nos anos 1960 no Brasil para morar na França, falou sobre a vitória de Jair Bolsonaro e o fatores que levaram a extrema-direita ao poder no país.
Um dos maiores apoiadores de iniciativas culturais poderá deixar de existir como conhecemos hoje. Segundo o colunista d’O Globo Lauro Jardim, “o Sistema S como funciona hoje está com os dias contados a partir da posse de Paulo Guedes no Ministério da Fazenda”.
O futuro ministro da Economia de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, afirmou – em tom explosivo – que “o Mercosul não é prioridade” para o Brasil. Já o futuro presidente chegou a ameaçar abandonar o bloco. Para a vice-presidenta do Uruguai, Lucia Topolansky, apesar do comportamento autoritário, o capitão da reserva “não é estúpido” e sabe que não pode deixar de lado um acordo que funciona e gera lucros para o país.
Declarações de Jair Bolsonaro sobre o tratamento a ser dados aos presos e ao cumprimento de penas confrontam-se com decisões tomadas pelo Supremo Tribunal Federal . Para um ministro do STF, a política de encarceramento em massa não deverá ser acolhida pela Corte.
"Até a campanha eleitoral, nós, as classes médias, considerávamos-nos cidadãs, liberais e democráticas. O vendaval Bolsonaro desvendou nossas almas e expôs à luz do dia todo o nosso atraso ético e social, velho de cinco séculos, que cuidadosamente tentávamos recalcar no fundo de nossas entranhas. Em vão”.
André Haguette*
O grupo político de Bolsonaro vai seguir a cartilha do presidente americano para tratar com a imprensa que é usar as redes sociais para desacreditar as notícias.
Por Carlos Wagner*
No dia 4 de agosto deste ano, o deputado federal Eduardo Bolsonaro tuitou uma foto feita em Manhattan com uma mensagem em inglês: “Foi um prazer encontrar Steve Bannon, estrategista da campanha presidencial de Donald Trump. Tivemos uma boa conversa e compartilhamos da mesma visão de mundo. Ele se disse um entusiasta da campanha de Bolsonaro e estamos em contato para juntar forças, especialmente contra o marxismo cultural”.
Com a Carteira de Trabalho verde e amarela, e outras medidas (como o anunciado 13º do Bolsa Família) Bolsonaro tentará seduzir, e atrair para sua órbita, os milhões de trabalhadores hoje desempregados e desalentados.
Bolsonaro tem muita margem de manobra para fazer jogadas impopulares e de alto risco e ainda assim sobreviver politicamente.
Por Renato Rovai*
Na semana que passou, Jair Bolsonaro reafirmou que pode transferir a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. Se concretizada, essa medida poderá alterar profundamente a forma como o Brasil é percebido no exterior e prejudicar interesses nacionais, especialmente no Oriente Médio.
Por José Antonio LIma, do Poder 360
O presidente eleito Jair Bolsonaro parece colocar um contrapeso à influência militar em seu governo, que se iniciará no dia 1º de janeiro, ao indicar o juiz Sérgio Moro como ministro da Justiça. Este é o mote do artigo publicado na sexta-feira (1º), por Maria Cristina Fernandes, sob o título “Bolsonaro encara a política de toga e farda”, no jornal “Valor Econômico”.