Com o desafio de cumprir com compromissos assumidos em troca do apoio ao impeachment, o presidente interino, Michel Temer, recebeu nesta quarta (8) representantes do empresariado paulista. No encontro, prometeu "harmonia institucional" e obediência à "ordem jurídica" como receita para a saída da crise política e econômica.
Em novo vídeo divulgado nas redes sociais da presidenta eleita Dilma Rousseff, Marco Aurélio Garcia, ex-assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, criticou a política externa do governo provisório de Michel Temer. Para Garcia, o que está sendo proposto pela pasta encabeçada pelo chanceler interino José Serra é uma política "medíocre" e "submissa".
A presidenta do PCdoB, deputada Luciana Santos, avalia que é possível derrotar o golpe em curso no Senado e frear, assim, retrocessos levados adiante pelo governo “biônico” de Michel Temer. Segundo ela, para reverter os votos necessários e barrar o impeachment, é preciso ampliar a resistência, incorporando novos atores à luta. Nesse sentido, afirma, o PCdoB entrelaça a defesa da democracia à bandeira do plebiscito sobre novas eleições, que tem apoio de senadores e garante a soberania popular.
Presidente da Unacon Sindical – que representa os servidores da antiga Controladoria-Geral da União, atual Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle -, Rudinei Marques informou nesta segunda (30) que dois terços dos cargos de chefia da pasta foram colocados à disposição. A categoria cobra que o ministro Fabiano Silveira deixe o cargo.
A senadora Simone Tebet (PMDB-MS), um dos nomes até então mais cotados para a liderança do governo ilegítimo no Senado, disse nesta segunda (30) que não assumirá a vaga. Ela confirmou que foi sondada pelo governo provisório de Michel Temer (PMDB-SP) mas não aceitou o convite. Apesar de existir há apenas 18 dias, a gestão Temer já acumula uma série de desgastes.
O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) recorreu da decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) que não considerou obstrução de Justiça a nomeação, pelo presidente interino Michel Temer, de ministros que estejam sendo investigados. Alvo de investigação em primeiro grau, os ministros passam a ter prerrogativa de foro quando assumem um cargo no ministério.
Um protesto realizado na manhã desta segunda-feira (30) por analistas e técnicos de finanças e controle, organizado pelo sindicato da categoria, pede a exoneração do ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira.
O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle do governo provisório de Michel Temer, Fabiano Silveira, criticou a Lava Jato e orientou investigados na operação sobre "providências e ações", enquanto era conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que fiscaliza o Poder Judiciário.
Num gesto inusitado, o presidente Barack Obama anunciou nesta quarta (24) mudanças na embaixada ianque no Brasil. A sinistra Liliane Ayalde, que ocupava o cargo nevrálgico desde 2014, será substituída pelo diplomata Peter McKinley. Seu nome ainda será submetido ao Senado dos EUA, mas já recebeu, no mesmo dia, o agrément (anuência formal) do governo brasileiro – agora sob comando do subserviente chanceler José Serra.
Por Altamiro Borges, em seu blog
A esquerda está diante de um dilema: voltar às raízes e encarar o desafio das reformas estruturais; ou resvalar para a irrelevância global e a desmoralização interna
Por Immanuel Wallerstein, no Outras Palavras
O Brasil vive uma profunda crise política, econômica, institucional, moral, ética e o escambau. As razões são várias: economia mundial em recessão, que repercute na maioria dos países, inclusive no Brasil; descrédito popular nos partidos políticos e nos portadores de mandato, gerando crise de representatividade; e irresponsabilidade de várias instituições, como o Congresso, Ministério Público e Poder Judiciário. Soma-se a isso tudo uma mídia politicamente parcial e manipuladora.
Por Dr. Rosinha*
Ainda há os que pensam que tudo que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil. Os adeptos dessa tese agora cultuam a Parceria Comercial Transpacífica (TPP), lançada pelos Estados Unidos em nome dos benefícios "incondicionais" do livre comércio. Trata-se o acordo como se fosse revolucionário e inovador, mas há vários questionamentos, inclusive de setores organizados da sociedade americana.
Por Sibá Machado*