No próximo dia 1º de fevereiro, 513 deputados federais de trinta diferentes partidos elegerão a nova Mesa da Câmara Federal. Como todos sabem, a Mesa é responsável pela direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da Casa.
Por Nivaldo Santana *
"É imperativo buscar eleger um presidente da Câmara que assuma o compromisso de respeitar a oposição e assegure compromissos com o funcionamento democrático da Casa".
Por André Tokarski*
Eleição de 1º de fevereiro vai muito além do que uma simples composição da direção do Poder Legislativo.
Não há dúvidas, particularmente para o PCdoB e para parte das forças de esquerda, que o objetivo maior do governo Bolsonaro é debilitar e se possível suprimir as forças progressistas do cenário político brasileiro.
Por Osmar Júnior*
Decisões corretas nem sempre são as mais cômodas. Tampouco o são as que jogam para a plateia. Congratulações ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que mais uma vez não foge à sua responsabilidade com a história, que não pratica meninices políticas e que não se intimida diante da histeria de pretensos corregedores da esquerda.
Por Mario Fonseca *
A direção nacional do PCdoB anunciou nesta terça-feira sua posição em relação à disputa da mesa-diretora da Câmara dos Deputados. Em nota divulgada no final da tarde, a legenda a Executiva Nacional afirma o objetivo dos comunistas é criar, na Câmara, "as melhores condições possíveis para que a oposição exerça a resistência democrática, assim como a defesa dos direitos do povo e da soberania do país". Para tanto, indica preferência pela candidatura do atual presidente Rodrigo Maia.
As eleições para as mesas da Câmara e do Senado sempre ensejam muita intriga política, disputas por protagonismo e por objetivos das forças políticas que compõem o Parlamento, sejam elas governistas ou de oposição. Muitas vezes, para galvanizar prestígio na opinião pública “engajada” e deslegitimar movimentos de outras forças, argumentos enviesados são apresentados, como se as eleições internas do parlamento seguissem as mesmas regras ou fossem um terceiro turno das eleições gerais.
Após reunião da bancada do PCdoB com a executiva nacional do partido, nesta terça-feira (15), a presidente da legenda, Luciana Santos (PE), confirmou apoio à recondução de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à Presidência da Câmara.
Bolsonaro tentou ironizar, com seu característico estilo infantil e provocador, a criação do bloco parlamentar composto por PCdoB, PDT e PSB que anunciaram a efetiva oposição ao seu governo; "Se me apoiassem é que preocuparia o Brasil", disse o capitão reformado, que recebeu na sequência uma invertida do governador do Maranhão, Flávio Dino; "Jamais pensamos em tal apoio. Seria um disparate, uma vez que nosso compromisso é, de verdade, com o Brasil. E não com os EUA", rebateu Dino
Ao projetar os próximos embates, o deputado demonstra cautela.
A parlamentar acredita que, com o resultado das eleições, a perspectiva para o próximo ano pode ser muito sombria.
Para o parlamentar, no próximo ano será necessário fortalecer a resistência.