O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo), conhecido por compor a tropa de choque do governo, disse nesta segunda-feira (28), em coletiva à imprensa, que conta com o "patriotismo" dos donos de postos para que o subsídio prometido pelo governo ao caminhoneiros no preço do diesel chegue efetivamente às bombas de combustível.
Pesquisa feita Idea Big Date buscou saber a opinião dos brasileiros sobre a greve dos caminhoneiros e a desastrosa negociação do governo Michel Temer. Os entrevisaados também rejeitaram a política de preços dos combustíveis atrelada ao mercado internacioonal do petróleo.
Algumas das concessões anunciadas pelo governo neste domingo (28) para reduzir o valor do óleo diesel e acabar com a greve dos caminhoneiros dependem, oficialmente, do Congresso Nacional. O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, durante entrevista coletiva, afirmou que a redução de R$ 0,46 no preço do diesel terá impacto de R$ 9,5 bilhões nas contas públicas. E, por isso, cerca de quatro Medidas Provisórias (MPs) serão publicadas até quarta-feira (30).
Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual
Desenvolve-se no Brasil mais uma manifestação política típica de seu contexto de crise, marcada por um Governo ilegítimo e, sem autoridade, impulsiona a instabilidade e a incerteza sobre os destino do país. Não reúne sequer a condição de mediar conflitos sociais.
Por Divanilton Pereira*
As cinco medidas anunciadas ontem pelo governo ilegítimo de Michel Temer, em resposta às reivindicações da greve, podem levar à sua suspensão, mas não resolvem o problema existente, protelam-no.
Por Haroldo Lima*
Os impactos da política econômica de Temer são sentidos desde segunda (21), quando os caminhoneiros paralisaram suas atividades contra o aumento no valor do diesel, recorrente de uma política de preços adotada pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente. Segundo a economista Laura Carvalho, a junção de uma política equivocada na estatal, o excesso de vulnerabilidade a choques externos e a falta de uma agenda de crescimento para o país são alguns dos problemas evidenciados nesses últimos dias.
Segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a Petrobras reajustou o preço da gasolina e do diesel nas refinarias por 16 vezes. A análise compreende o período a 22 de abril a 22 de maio.
As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo emitiram nota conjunta em que responsabilizam Michel Temer e Pedro Parente pelas causas da greve dos caminhoneiros e suas consequências. As Frentes condenam o uso das Forças Armadas, demonstrando a incapacidade de Temer de responder aos anseios da população. A nota condena a política de preços adotada por Pedro Parente e defende sua saída da Petrobras.
Em larga medida, a crise atual é também fruto da estupidez de todos os governantes, de todos os partidos, que investiram primordialmente em rodovias em um País de dimensões continentais, uma opção que não teve um centímetro de “técnica” e que atendeu apenas aos interesses das montadoras e das empreiteiras.
Por Marcos Rolim
Professor do Instituto de Energia da USP e ex-diretor de gás da Petrobras, Ildo Sauer não se surpreende com a crise provocada pela greve dos caminhoneiros. E atribui grande parte dos problemas à “ânsia” do presidente da estatal, Pedro Parente, em atender os interesses do mercado.
Por Sérgio Lirio
Nesta quarta-feira (23) a Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet) reiterou editorial publicado no final de 2017 em que afirma que a política de preços da Petrobras beneficia os produtores norte-americanos e prejudica o consumidor brasileiro. A greve dos caminhoneiros expôs a política comandada pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente, que avalizou aumentos sucessivos no preço dos combustíveis.
A deputada Manuela d’Ávila comentou, na tarde desta sexta-feira(25), através das redes sociais, a decisão do presidente Michel Temer de acionar forças federais para enfrentar a mobilização dos caminhoneiros, que já segue em seu quinto dia. Manuela considera que a ilegitimidade do governo não lhe dá condições de dialogar e, por isso, recorre ao uso da força a cada crise.