Sem camisa, suando dentro do caminhão parado sob um calor de 29°C ao sol, o caminhoneiro Itacir Cattapan, 52 anos, está revoltado. Ele tem dois caminhões, que ainda não terminou de pagar – está endividado –, e teve de parar nesta segunda-feira em um bloqueio montado pelos grevistas em Soledade, no norte do estado.
Por Humberto Trezzi, no Zero Hora
Nesta segunda-feira (9), o movimento organizado pelo autodenominado Comando Nacional do Transporte, que se diz independente dos sindicatos, realizou bloqueios em três estados do Sul, além de Minas Gerais, São Paulo, Tocantins e Rio Grande do Norte.
Em entrevista coletiva após a reunião da coordenação política no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (9), o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, destacou a estratégia do governo para aprovação de pautas no Congresso Nacional e comentou sobre o movimento de caminhoneiros.
O Ministério dos Transportes instalou nesta quarta-feira (24) o Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Cargas, dando sequência aos compromissos assumidos em fevereiro com representantes de caminhoneiros e transportadores. Por meio dele, o governo federal pretende estabelecer um canal de diálogo para debater, oferecer sugestões e medidas técnicas para o aperfeiçoamento do setor.
O governo definirá, até o próximo dia 23 de abril, a possibilidade de determinar uma tabela mínima de referência para cobrança de fretes no País. A informação foi dada nesta quinta-feira (2), pelo ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, em entrevista coletiva após reunião realizada no auditório da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília.
Depois de uma série de reuniões entre governos e representantes do movimento social organizado dos caminhoneiros, alguns pontos foram acordados entre as partes, entre eles, a Lei dos Caminhoneiros. A secretaria geral da presidência anunciou que a presidenta Dilma vai sancionar a lei, sem vetos, nesta segunda-feira (2).
A presidenta Dilma Rousseff vai sancionar nersta segunda-feira (2) a Lei dos Caminhoneiros, segundo informou a Secretaria-Geral da Presidência da República.
Após reunião no Ministério dos Transportes, que durou a tarde e parte da noite dessa quarta-feira (25), governo e caminhoneiros chegaram a um acordo que pode acabar com os protestos nas rodovias federais. Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, que participou da reunião, a proposta apresentada pelo governo foi acatada pelos representantes da categoria presentes à mesa de negociação.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, afirmou, na terça-feira (24), que o governo federal instalará e coordenará mesa de diálogo entre lideranças do movimento dos caminhoneiros e empresários.
O governo está empenhado em resolver a greve dos caminhoneiros, disse nesta terça-feira (24) o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto. Segundo ele, diversos ministérios estão articulados em dialogar com os sindicatos para alcançar uma saída.
As manifestações de caminhoneiros em várias estradas do país, intensificadas nesta segunda-feira (23), mantêm interditadas para o transporte de carga várias rodovias do país. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), rodovias de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul estão parcialmente ou totalmente bloqueadas. Mato Grosso, Santa Catarina e o Paraná são os estados que apresentam o maior número de interdições.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) informou que pretende apresentar um projeto de lei para tentar evitar a jornada de trabalho de até 12 horas diárias para motoristas profissionais. O novo limite consta de projeto aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados e enviado à sanção presidencial .