O Chile vive nestes dias três datas especiais e dois dramas profundamente entrelaçados. Este mês comemora-se o 40° aniversário da histórica vitória de Salvador Allende e da Unidade Popular nas eleições presidenciais. Naquele 4 de setembro de 1970, o povo chileno abriu as portas da história e empreendeu um profundo processo de transformações econômicas, sociais, culturais e políticas.
Por Mario Amorós*, em Carta Maior
As últimas horas foram tensas e angustiantes para os 33 mineiros soterrados a 700 metros de profundidade em uma mina no Norte do Chile e para os parentes deles. A informação de que um problema técnico em uma das perfuradoras atrasará os trabalhos de resgate causou transtorno e cobranças das famílias. Os trabalhadores aguardam o resgaste há mais de um mês. O ministro da Saúde, Jaime Mañalich, tentou acalmar ontem (12) as vítimas e os parentes.
A data de 11 de setembro, lembra não só as Torres Gêmeas (2001), mas também o golpe de Estado de Pinochet no Chile, 28 anos antes (1973), e o assassinato do presidente mártir Salvador Allende, que, em seus 1.100 dias de governo, lançou um programa para transformar o Chile em "um segundo modelo de transição para uma sociedade socialista".
Por Niko Schvarz
Há exatos 37 anos, a morte trágica do Presidente chileno Salvador Allende, lutando no Palácio de La Moneda contra as hordas fascistas do soturno General Augusto Pinochet, encerrava com heroísmo e sangue uma singular tentativa de caminho para o socialismo e, ao mesmo tempo, inaugurava uma das ditaduras mais cruentas da América Latina.
Por Luiz Manfredini, em seu blog
Os 33 trabalhadores da mina San José completaram neste domingo (5) um mês sob a terra, com a percepção de que estão apenas "fazendo um turno [de trabalho] mais longo", afirmou Juan Fernando Acuña, secretário-executivo da Agência Chilena Espacial. Segundo Acuña — que realizou uma visita a Copiapó, onde se localiza a mina, no norte do Chile —, os 32 chilenos e um boliviano "estão bem".
Em um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, que foi ao ar neste domingo (25), o presidente do Chile, Sebastián Piñera, encerrou a polêmica sobre a concessão de indulto aos militares que participaram da ditadura, como propôs a Igreja Católica do país.
O presidente chileno, Sebastián Piñera, enfrenta o primeiro grande dilema desde que assumiu o cargo, em março, diante de uma proposta, que recebeu esta semana da Igreja Católica, de conceder indultos a milhares de presos, incluindo militares que cometeram crimes durante a ditadura militar (19731990). Piñera deve apresentar sua decisão em relação ao documento no fim de semana, enquanto enfrenta forte pressão de familiares de vítimas da ditadura para rechaçá-lo.
O ex-senador Luis Corvalán Lepe, líder histórico do Partido Comunista (PC) chileno, morreu nesta manhã em Santiago. Aos 94 anos, ele esteve internado em uma clínica da capital por problemas nos brônquios, mas ainda se desconhece a causa exata de seu falecimento.
Os efeitos dos terremotos ocorridos no Haiti e no Chile em janeiro e fevereiro deste ano foram um duro golpe principalmente para as mulheres e crianças daqueles dois países. Por isto, são necessárias ações que coloquem as mulheres no centro dos esforços de reconstrução. Esta foi a principal conclusão da sessão especial sobre “Haiti e Chile: (re)construir a igualdade”, realizada durante a 11a Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe.
Desde a última segunda-feira (12), cerca de 20 presos políticos da etnia Mapuche de Temuco, no Chile, iniciaram uma greve de fome, por tempo indeterminado. O objetivo da ação é denunciar os abusos e as irregularidades da justiça chilena em relação aos conflitos territoriais Mapuche, caracterizados por anos de violação dos direitos deste povo.
A Central Autônoma de Trabalhadores do Chile convocou neste domingo (04) um protesto para o dia 15 de julho, em repúdio ao aumento de 20% na passagem do transporte público e às demissões anunciadas pela administração pública.
Seis dias após a renúncia do embaixador do Chile na Argentina, que defendeu a ditadura de Augusto Pinochet, o assunto voltou a causar polêmica. Desta vez, quem defendeu o regime militar (1973-1990) foi José Piñera, irmão do presidente Sebastián Piñera e ex-ministro do Trabalho de Pinochet. Em entrevista ao jornal argentino Perfil, José comparou o ex-presidente chileno Salvador Allende a Adolf Hitler e disse que o golpe de Estado foi inevitável para “salvar o país do comunismo”.