Santiago está em chamas – literalmente. As manifestações contra o aumento da tarifa de metrô começaram há uma semana na capital chilena e rapidamente se alastraram, como fogo, por todo o país. Foi estopim para a maior greve geral das últimas décadas. Nem a repressão, nem o toque de recolher, nem o Estado de Emergência fizeram a população recuar. Chegou a hora de cobrar a conta do neoliberalismo num país onde até a água foi privatizada pela ditadura militar.
Por Mariana Serafini*
Ao longo dos últimos dias, o Chile vem sendo sacudido por uma surpreendente convulsão social, que induziu o governo conservador de Miguel Juan Sebastián Piñera a decretar estado de emergência, toque de recolher e intensificar a repressão, entregando o controle da capital do país (Santiago) aos militares. Até o início de segunda-feira (21) tinham sido computadas pelo menos 11 mortes, centenas de feridos e cerca de 1500 pessoas presas.
Por Adilson Araújo*
Protestos em diversas regiões tomam conta do Chile desde o dia 18, mesmo com a repressão do governo Sebastián Piñera, que decretou estado de emergência e toque de recolher. A revolta, iniciada em protesto contra o aumento da tarifa do Metrô de Santiago, já deixou ao menos 15 mortos, 200 feridos e 2 mil presos. Segundo o economista Luis Eduardo Escobar, são as maiores manifestações desde a ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990), com “potencial verdadeiro para levar a uma revolução”.
Expressamos a mais irrestrita solidariedade ao povo chileno em sua justa luta contra as políticas ultra-neoliberais do governo Sebastián Piñera, que vem ampliando a privatização de serviços públicos – como transportes, educação e saúde – e aprofundando a sua precarização, tornando-os cada vez mais onerosos e inacessíveis à maioria do povo chileno. Por Walter Sorrentino*
Como muitos já estão acompanhando, há uma verdadeira rebelião popular em curso no Chile. O país que era o exemplo sul-americano de estabilidade e modernidade explodiu. Por Oto C. Rojas
Líderes de cinco centrais sindicais do Brasil lançaram, nesta segunda-feira (21), uma nota sobre os protestos populares no Chile, que questionam o governo do presidente Sebastián Piñera. Além de prestar solidariedade ao povo chileno, os sindicalistas pedem “uma solução imediata à grave crise social, pelas vias política, diplomática e pacífica”. Assinam a nota Sergio Nobre (CUT), Miguel Torres (Força Sindical), Ricardo Patah (UGT), Adilson Araújo (CTB) e Antonio Neto (CSB). Confira a íntegra.
Após massivos protestos, o presidente do Chile, Sebastán Piñera, anunciou neste sábado (19) a revogação do aumento da tarifa do metrô de Santiago. “Quero anunciar hoje que vamos suspender o aumento das passagens”, disse Piñera em mensagem no palácio presidencial de La Moneda. Ao longo do dia, houve confrontos entre manifestantes e forças de segurança. Um pacífico panelaço, com milhares de pessoas em vários pontos de Santiago, foi reprimido com violência. Ao menos cinco ônibus foram queimados.
O presidente do Chile, Sebastian Piñera, decretou na noite desta sexta-feira (18) estado de emergência na capital Santiago e em Chacabuco. A medida foi uma resposta aos grandes protestos contra o aumento da tarifa do metrô. As manifestações começaram na segunda-feira (14 ), quando estudantes começaram a entrar nas estações do metrô sem pagar, pulando as catracas. Alguns dias depois, ficou claro que tinham apoio da população.
Por Isabela Vargas, de Santiago, especial para o Vermelho
Naquela sexta-feira, 16 de outubro de 1998, às onze e meia da noite, em uma Londres outonal, fria e chuvosa, Augusto Pinochet estava em convalescença no quarto 801 da London Clinic, no bairro de Marylebone, quando o agente da Scotland Yard Andrew Hewitt lhe comunicou formalmente que estava detido, em conformidade com o pedido de prisão emitido pelo juiz espanhol Baltasar Garzón para fins de extradição.
Por Mario Amorós*
Mais de quatro mil pediram avanços nas investigações de violações de direitos humanos
Um resumo diário das principais noticias internacionais.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, condenou nesta quarta-feira, 4, as declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro sobre a ex-presidente chilena Michelle Bachelet e seu pai, Alberto Bachelet, vítima da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).