O filme Big Jato, de Cláudio Assis, foi o grande vencedor 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Ele ganhou o Troféu Candango em quatro das cinco principais categorias: o de melhor filme, melhor ator, Matheus Nachtergaele, melhor atriz, Marcélia Cartaxo. O longa levou ainda os troféus pelo roteiro e pela trilha sonora.
Aos 26 anos, a atriz do filme Que horas ela volta? conseguiu dar rosto, afeto e concretude a uma adolescente de família pobre, nordestina e que, como a mãe muitos anos atrás, desembarca em São Paulo para tentar a vida. Na tensão entre mãe e filha, o Brasil passa-se a limpo, revelando-se ainda patriarcal e preconceituoso, mas não sem esperança.
Não é mero acaso o sucesso de Que horas ela volta?, de Anna Muylaert. Há relatos de que em quase toda sessão uma salva de palmas reverencia o filme. Anna toca fundo nos corações e mentes. Alguns veículos de comunicação tentam desfocar o tema para romanceá-lo, alegando que o principal enredo é a relação mãe/filha/babá/criança. Mas a sua estrutura de conflito está intrinsecamente ligada à luta de classes e o Brasil que emergiu nos últimos anos.
Por Vandré Fernandes*, no portal da UJS
O Ministério da Cultura publicou nesta terça-feira (15), no Diário Oficial da União, a portaria que oficializa a escolha do filme Que Horas Ela Volta? Para disputar uma vaga ao Oscar 2016. O anúncio já havia sido feito na última quinta-feira (10).
A participação brasileira na 72ª edição do Festival de Veneza, encerrado no último sábado (12), foi considerada bastante positiva pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), em nota divulgada nesta segunda-feira (14). O longa-metragem Boi Neon, de Gabriel Mascaro, ganhou o Prêmio Especial do Júri da mostra Horizonte, enquanto Mate-me por favor, da cineasta Anita Rocha da Silveira, recebeu o prêmio paralelo Bisatto D'oro, concedido ao elenco do filme pela crítica independente italiana.
Que horas ela volta?, de Anna Muylaert, tem tudo para se tornar um marco no cinema brasileiro contemporâneo, como foram, em outros contextos, Central do Brasil e Cidade de Deus. É um filme em plena sintonia com o “pulso” do país. Encara com originalidade e coragem um momento de transformações sociais mais ou menos profundas, mais ou menos traumáticas – e não estamos falando aqui de disputas partidárias ou programas imediatos de governo ou de oposição.
Por José Geraldo Couto*
Até o dia 28 de agosto, a Ancine recebe DVDs de obras audiovisuais brasileiras para participação no 37º Festival Internacional do Novo Cinema Latino Americano, em Havana, Cuba, que acontece entre os dias 3 e 13 de dezembro.
Roteiristas, produtores e organizadores de festivais e de cineclubes, entre outros representantes do audiovisual brasileiro, participaram na tarde desta quarta-feira (22), em Brasília, de reunião com o ministro da Cultura, Juca Ferreira, e o secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura (MinC), Pola Ribeiro. Na pauta, as principais dificuldades que vêm sendo enfrentadas pelo setor.
Nessa quinta (16), me deparei com uma frase nos jornais em que a presidenta Dilma foi categórica: Eu nunca desisti! Isso me fez lembrar do premiado longa de animação Uma história de amor e fúria, de Luiz Bolognesie.
Por Vandré Fernandes*, no portal da UJS
Nesta quinta-feira (16/7), às 19h, tem início o Sind’eclube, iniciativa do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed). A exibição dos filmes acontecerá no sindicato, localizado em Ondina, Salvador, uma vez por mês. Na estreia, será exibido o documentário Rio de Jano e, ao final, os presentes participam de conversa com o realizador da película, Zé José, que também é crítico de cinema.
O documentário brasileiro Gazelle – The Love Issue, de Cesar Terranova, que conta a história de um comissário de bordo e seu alter ego artístico, a drag Gazelle, abriu o Rio Festival Gay de Cinema, na noite desta quinta-feira (2), no Cine Odeon, na Cinelândia. Integralmente voltado para produções de gênero e sexualidade, o evento ganha, nesta quinta edição, mais visibilidade, com um número maior de espaços de exibição.
Em artigo publicado no Jornal GGN, o renomado diretor de cinema Jorge Furtado voltou a escrever sobre política para se manifestar contra o crescimento do fascismo. Ele cita agressões sofridas pelo ex-ministro Guido Mantega e as ameaças ao jornalista Jô Soares, após entrevista com a presidente Dilma Rousseff.