As notícias sobre as mudanças na estrutura institucional sobre a qual se apoia o cinema brasileiro foram recebidas com um misto de desespero e espanto pelo setor. Desespero ante as ameaças de que o edifício normativo erguido nas duas últimas décadas comece a ruir. Espanto diante das incongruências presentes num texto, originado num blog, que teria induzido Jair Bolsonaro a questionar os princípios da política audiovisual.
Por Ana Paula Sousa*
Produzido pela Netflix, Democracia em Vertigem teve sua estreia internacional em 19 de junho. Aguardado pelo público, foi apontado pelo site Indiewire como um dos favoritos para o Oscar de melhor documentário em 2020. O filme da cineasta Petra Costa integra a série de produções voltadas à turbulenta política nacional de anos recentes. São documentários que registram, condensam e expandem o antes, o durante e o depois do golpe que retirou Dilma Rousseff (PT) da Presidência em 2016.
Quando O Pagador de Promessas ganhou a Palma de Ouro em Cannes, em 1962, a revista Cahiers du Cinéma observou, discretamente, que ali se podia vislumbrar o nascimento de uma nova dramaturgia. Dois anos depois, em 1964, essa nova forma aportava em Cannes com ares de revolução estética, graças a Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos, e, sobretudo, Deus e o Diabo na Terra do Sol.
Por Inácio Araujo, na Folha de S.Paulo
Cada um à sua maneira, “Ex-pajé” e “A Cidade do Futuro” abordam temas contemporâneos com força documental, elementos de ficção provocadores e uma dramaturgia muito distante da teleglobal.
Por José Geraldo Couto*
Morreu hoje (21), no Rio de Janeiro, de falência múltipla dos órgãos, o diretor de cinema Nelson Pereira dos Santos, de 89 anos. Ele estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul da cidade.
O cinema brasileiro perdeu nesta sexta-feira (08) um de seus grandes nomes. Morreu o cineasta cearense Francis Vale, aos 72 anos, vítima de um câncer contra o qual lutara com todas as forças nos últimos anos, sem jamais perder o otimismo. Convicção que ele manteve por toda a vida, marcada pela crença na arte como elemento essencial à transformação da sociedade e à melhoria da vida do povo.
Em sua estreia na direção de um longa, Wagner Moura escolheu contar a história do guerrilheiro baiano Carlos Marighella; o filme vai acompanhar a vida de Marighella entre 1964 e 1969, até sua morte por policiais numa emboscada em São Paulo. Para o ator e agora diretor, o filme deve ser um depoimento contra o golpe e ainda acrescenta: "não tem essa de dizer que o filme é imparcial”
Lembro-me como se fosse hoje quando o cinema brasileiro voltou a respirar. Era 1995 e as produções brasileiras chegavam novamente a serem exibidas nas telonas. Sendo universitário e fascinado pelo cinema brasileiro – dos 17 filmes lançados, assisti 14 –, não perdia nenhuma estreia naquele período. Apesar de serem poucas, algo começava a mudar.
Por Vandré Fernandes*
A 41º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, iniciada na quinta-feira (19) e que irá até o dia 1º de novembro, já divulgou a lista de filmes Brasileiros que estão na programação. No total são 63 produções nacionais
Por Alessandra Monterastelli *
A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo começou na quinta-feira (19) e irá até o dia 1º de novembro. Estima-se que 28% do conteúdo da programação é composto por filmes dirigidos por mulheres
Por Alessandra Monterastelli *
É alentador que, em tempos sombrios de ofensiva conservadora na educação e na cultura, ainda esteja em cartaz nos cinemas brasileiros Corpo elétrico, do diretor Marcelo Caetano
Curta feito por alunos de Audiovisual ganha prêmio dado por associação internacional de escolas de cinema