Trago inicialmente a análise de duas imagens do filme O Sepulcro do Gato Preto. A primeira é uma linha de trem abandonada, a câmera desliza sobre os trilhos e o narrador indica ali a última esperança para encontrar um parceiro desaparecido, e que segui-los era algo mais forte.
Por William Hinestrosa
Você certamente conhece a frase "o Brasil não tem memória", legado de décadas de incompetência administrativa na manutenção de documentos. Com a velocidade dos dias atuais e o avanço da tecnologia, pode-se dizer que tal conceito ficou ainda mais amplo. Consciente desta época em que o novo é glorificado e o velho deixado de lado por muitos, o diretor Kleber Mendonça Filho fez deste o mote principal de seu novo filme: Aquarius.
Por Francisco Russo
A uma semana da estreia nacional de Aquarius, segundo longa-metragem de Kleber Mendonça Filho, a polêmica em torno do sucessor de O Som ao Redor dá sinais de que está apenas começando.
O cineasta Gabriel Mascaro, diretor de Boi Neon, decidiu tirar seu filem da disputa pela indicação do Brasil ao Oscar na categoria de “Melhor filme estrangeiro”. "Não me sinto confortável em participar de um processo seletivo de interesse público que tem demonstrado imparcialidade questionável”, denunciou.
O filme paranaense Travessias, da diretora Salete Machado, estreou nesta quinta-feira (18) na capital paulista, depois de lotar salas no Paraná. A obra se passa no interior do Paraná e traz a história de três famílias, cada uma com seus dilemas sobre os caminhos a seguir.
Fome, de Cristiano Burlan, acompanha as andanças de um velho mendigo pelas duras ruas do centro de São Paulo. Uma câmera fluente segue de perto seus passos e registra seus pequenos gestos e ocasionais diálogos com outros habitantes da metrópole. Até aí, seria um ensaio ou parábola mais ou menos banal em torno da invisibilidade social, do anonimato urbano, da condição de estar ao mesmo tempo dentro e fora do espaço público.
Por José Geraldo Couto*
O reconhecimento pela trajetória de um dos maiores artistas cearenses. É com o intuito de enaltecer um dos principais ícones da cultura local que o Cineteatro São Luiz realiza, na próxima quinta-feira (11/08), uma homenagem ao cineasta cearense Francis Vale.
Diretora de "Que horas ela volta?" e "Mãe só há uma", a paulista Anna Muylaert critica processo que afastou Dilma Rousseff (PT) da presidência. E diz: ''eu chamo de golpe''.
O diretor argentino radicado no Brasil, Hector Babenco, morreu na noite desta quarta-feira (13), aos 70 anos, em decorrência de uma parada cardíaca. Ele estava internado desde terça-feira (12) no Hospital Sírio Libanês em São Paulo para tratar uma sinusite. Segundo sua filha, a fotógrafa Janka Babenco “ele já estava com o corpo cansado e teve uma parada cardiorrespiratória”.
“Se tiver repressão eu tô perdida”, brinca a cineasta paulistana Tata Amaral, sentada diante do computador na sede de sua produtora, a Tangerina Entretenimento. Ela se refere aos livros que a cercam, talvez à sinopse em que trabalha na tela, ao imaginário de esquerda que sempre lhe foi caro e presente.
Por Pedro Alexandre Sanches
Filme de Sandra Kogut expõe desigualdade social brasileira com estética despojada porém perturbadora, na qual o mundo surge um lugar confuso e inóspito.
Por José Geraldo Couto*
Marcelo Calero, que ocupa atualmente o Ministério da Cultura, criticou o protesto da equipe do filme Aquarius em Cannes contra o golpe no Brasil, durante uma entrevista ao Jorge Bastos Moreno, na TV Brasil. A atriz Sônia Braga reagiu imediatamente, em sua página no Facebook: “O ministro da Cultura ofendendo artistas é inadmissível. O senhor está nesse cargo para dialogar, para nos ajudar, para fazer a ponte com quem nos explora".