Documentarista premiada por filmes como "Aboio" – melhor longa brasileiro do Festival É Tudo Verdade 2005 -, a diretora mineira Marília Rocha penetra o universo mínimo da juventude rural feminina em "A Falta que me Faz" – um dos documentários, ao lado de outro trabalho da diretora, "Acácio", a chegar simultaneamente nesta semana aos cinemas em Belo Horizonte e Salvador.
O 43º Festival de Brasília de Cinema Brasileiro começa nesta terça (23) com uma homenagem ao diretor Carlos Reichenbach. O evento será aberto com a exibição do filme “Líliam M – Relatório confidencial”, produzido por Reichenbach em 1974, em cópia restaurada, somente para convidados. O curta inédito “50 anos em 5”, de José Eduardo Belmonte (de “Se nada mais der certo”), também participa da cerimônia de abertura.
Sergei Loznitsa poderia ter sido cientista, uma vez que tem formação de engenheiro e de matemático. Com o fim da URSS, no entanto, migrou para o cinema. Com 46 anos, aporta no Recife e, com um título apenas sugestivo – Bloqueio – mostra a rica resistência dos russos à invasão de tropas nazistas.
Por Marco Albertim*
A cidade de São Paulo tem mais de 300 salas de cinemas, mas apenas três delas estão exibindo uma única produção latino-americana, não nacional. O dado é um bom exemplo da falta de espaço que a cultura da região enfrenta no país. E ajuda a explicar o porquê do Brasil saber tão pouco sobre seus vizinhos. Afinal, qual foi a última vez que você ligou o rádio – ou o ipod – e escutou uma música latino-americana?
Por Joana Rozowykwiat, em TAL – Televisão América Latina
Em uma biblioteca de tantas que há em nosso país, dois inimigos se encontram. No lugar de armas estão os livros. Embarque no bang bang literário imaginado pelo curta metragem Era uma vez na biblioteca, dirigido por Renato Scorsatto.
Em documentário, Eduardo Coutinho edita 19 horas de programação contínua da TV. Resultado é um retrato do freak show que é a televisão brasileira. A produção, que teve exibição única na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, contudo, não deverá voltar ao cinema, já que diretor não comprou os direitos de imagem.
Formado em Cinema pela Universidade de São Paulo (USP), Jeferson De está que não se aguenta. "Bróder", seu primeiro longa-metragem, só recebe elogios por onde passa. Foi selecionado, exibido e reverenciado no Festival de Berlim, nos festivais de Paulínia e do Rio de Janeiro e fez o rapa em Gramado, onde conquistou cinco Kikitos, entre os quais os de melhor direção e de ator, para Caio Blat.
É possível dividir a história das salas de cinema do Brasil em três momentos específicos: o auge, em 1975, momento em que o país contava com 3.276 espaços de exibição; a decadência, em 1997, quando o número foi reduzido para 1.075; e a retomada, em 2010, ano em que o país ganhou 110 novas salas – e a promessa de receber mais 900 nos próximos cinco anos.
Os filmes da Coleção Cinema Marginal Brasileiro deveriam ser lição de casa obrigatória para os diretores em atividade no país. Não apenas por serem itens fundamentais e pouquíssimos vistos da nossa história audiovisual, como também por oferecerem uma aula sobre a importância do erro a uma cinematografia hoje obcecada com a perfeição técnica.
Por Ricardo Calil, na Folha.com
A Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República promove a 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul. O programa inclui a apresentação de 41 filmes do continente. Em todas as capitais haverá sessões com o recurso de audiodescrição (que permite a pessoas cegas acompanharem os filmes) e closed caption (legendas). Todas as exibições são gratuitas.
Começa nesta semana a 5ª edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul. O festival acontece até 19 de dezembro e percorrerá vinte capitais brasileiras. O ator argentino Ricardo Darín (de “O filho da noiva” e “O segredo de seus olhos”) será homenageado nesta edição, que traz uma retrospectiva histórica chamada “Direito à Memória e à Verdade”, com documentários e ficções que abordam as ditaduras que ocorrem no continente e suas consequências.
Em outubro, o cinema brasileiro alcançou um feito histórico: mais da metade das salas foram ocupadas por filmes nacionais. Esses filmes foram responsáveis por uma participação de público e renda superior a 60%. São números inéditos, que refletem o excelente momento vivido pelo cinema brasileiro. Tal fato sinaliza que o nosso cinema é capaz de dialogar com diferentes públicos e que tem potencial para se viabilizar como uma economia sustentável.