O general Leônidas Pires Gonçalves, um dos principais dirigentes da fase final da ditadura militar de 1964 e porta voz do Exército e do ainda presente poderio militar durante a presidência de José Sarney (1985-1990), do qual foi ministro do Exército, saiu para o ataque contra a presidente Dilma Rousseff e a Comissão da Verdade.
Por José Carlos Ruy
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ) comemorou no Plenário da Câmara, a instalação da Comissão da Verdade, nesta terça-feira (16 de maio), pela Presidente Dilma Roussef.
O golpe político e militar contra o governo legítimo do presidente João Goulart, por mais que se tente identificar como revolução, foi ato contra a República e de submissão à potência estrangeira que o planejou, organizou e financiou. Assim ocorreu aqui e em outros países do continente.
A vontade que se tem é a de escrever: por baixo de ondas de infâmia e sangue, a presidenta Dilma instalou a Comissão da Verdade. E temos essa vontade porque a vemos em um mar que se abre, pronto a tragá-la e a envolver também os brasileiros mutilados, perseguidos e assassinados sob a ditadura de 1964.
Por Urariano Mota
O deputado federal Osmar Júnior (PCdoB-PI) elogiou esta semana a instalação da Comissão Nacional da Verdade, responsável por apurar as violações de direitos ocorridas entre 1946 e 1988, período que compreende os chamados "Anos de chumbo".
A Comissão da Verdade deve investigar, sobretudo, o destino dado aos desaparecidos políticos do período da ditadura (1964-1985), defenderam o jornalista, escritor e professor universitário Sinval Medina e a jornalista, pesquisadora e professora da Universidade de São Paulo (USP) Cremilda Medina. Para ambos, os trabalhos devem se concentrar basicamente nos governos militares a partir do golpe de 1964.
“As pressões militares contra a Comissão da Verdade da presidenta Dilma Rousseff indubitavelmente mostram sua debilidade e seu temor, apesar da aparente fortaleza. Essas pressões não demonstram força, mas o contrário” – esta é a avaliação do jornalista argentino Horacio Verbitsky.
A divergência em torno da Comissão Nacional da Verdade, sobre investigar os crimes e criminosos da ditadura ou também as mortes e outras violências cometidas por oposicionistas, é o primeiro ato da série de problemas e contestações que se deve esperar dos investigáveis e seus associados.
Com uma solenidade marcada pela emoção, a presidente Dilma Rousseff empossou os sete membros da Comissão da Verdade, nesta quarta-feira (16), no Palácio do Planalto. Em companhia dos quatro ex-presidentes do período democrático, Dilma falou sobre o compromisso do país com a verdade da história, com o acesso da história verdadeira às novas gerações e principalmente com a consolidação da democracia no país, para que nunca mais fatos como esses voltem a acontecer.
Instala-se finalmente esta semana a Comissão da Verdade, com uma excelente composição, que permitirá que cumpra plenamente com as funções que lhe foram atribuídas. Estas são, centralmente, a apuração das violações dos direitos humanos promovidas pelo Estado brasileiro apropriado pela ditadura militar para impor um regime de terror no país; e escrever a interpretação que o Estado democrático brasileiro tem daquele período.
Por Emir Sader, em seu blog
Os Estados Unidos devem ajudar o Brasil a abrir a "caixa de Pandora" do seu regime militar, contribuindo com a Comissão da Verdade que inicia os seus trabalhos nesta quarta-feira (16), disse à BBC Brasil um especialista americano em obter acesso a arquivos confidenciais históricos.
Tomam posse hoje (16) os sete integrantes da Comissão da Verdade. Nomeado na semana passada pela presidente Dilma Rousseff, o grupo terá dois anos para apurar violações aos direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar.