Cerca de 150 índios, na maioria da etnia Munduruku, ocupam a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília, desde a tarde de segunda-feira (10). Segundo agências, o grupo é o mesmo queocupou, no fim de maio, a Usina de Belo Monte, no Pará. Até às 11 horas desta terça-feira (11), nenhum funcionário do órgão responsável por políticas indigenístas no país havia conseguido entrar no prédio e não há previsão para desocupação do local.
A negligência do governo tucano de Simão Janete no estado do Pará mantém desprotegidas há dois meses 25 pessoas ameaçadas de morte incluídas no programa de proteção a testemunhas no Pará.
O governo anunciou a criação de um fórum para negociar as terras ocupadas por indígenas terenas no Mato Grosso do Sul. Há cerca de 12 anos, os indígenas reivindicam a área de cerca de 17 mil hectares. O anúncio foi feito pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, após reunião ocorrida na noite de quinta-feira (6). O objetivo é promover um acordo para o impasse na Fazenda Buritis.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) divulgou nota em repúdio à violência do Estado e do agronegócio contra a comunidade indígena Terena ocorrida na fazenda Buriti, em Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul. Abaixo, o comunicado na íntegra.
Uma comitiva formada por 20 índios Terena, do Mato Grosso do Sul, embarca nesta quarta-feira (5) para Brasília (DF), onde se reunirá com representantes do governo para discutir o conflito na Fazenda Buriti, em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande. Os ânimos se exaltaram nas últimas horas, depois que o índio Josiel Gabriel Alves, 34 anos, foi baleado.
Famílias de índios terena ocupam as terras da Fazenda Esperança, em Aquidauana, Mato Grosso do Sul. Desde terça-feira (4) eles vêm se instalando, levantando acampamento. Mulheres e crianças também fazem parte do grupo.
Por Karina Vilas Bôas*, para o Portal Vermelho
Cerca de 200 índios e trabalhadores rurais sem-terra estão marchando em direção a Campo Grande (MS). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o grupo saiu na manhã desta segunda-feira (3), de Anhanduí, a cerca de 50 quilômetros da capital sul-mato-grossense.
Cerca de 300 trabalhadores rurais sem-terra ocuparam a Fazenda Santo Henrique, nos municípios de Iaras/Borebi e Lençóis Paulista, no interior de São Paulo. O objetivo é denunciar a grilagem dos 2,6 mil hectares da propriedade pela empresa Cutrale.
O grupo de índios terenas que, na sexta-feira (31), voltou a ocupar a Fazenda Buriti, em Sidrolândia (MS), tem prazo até esta terça-feira (4) para deixar a propriedade pacífica e voluntariamente. Na sentença judicial expedida domingo (2), a juíza federal substituta Raquel Domingues do Amaral, de plantão, concedeu prazo de 48 horas para que a União e a Fundação Nacional do Índio (Funai) convençam os índios a deixar o local.
Cerca de 200 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a fazenda Cajueiro, no município de São Joaquim do Monte (PE), nesta quarta-feira (24). A fazenda, que possui cerca de 2 mil hectares de terras improdutivas, pertence ao latifundiário João Pereira dos Santos.
Menos de três meses após o fim da ação de retirada dos não índios da terra indígena Marãiwatsédé, no norte de Mato Grosso, e apenas duas semanas depois de representantes do governo federal terem organizado uma cerimônia para oficializar a concessão de uso da área aos cerca de 1,8 mil índios xavantes que já vivem na região, antigos posseiros estão retornando à área.
Atualmente 55 lideranças indígenas brasileiras estão incluídas no Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos (PPDDH), da Secretaria de Direitos Humanos, ligada à Presidência da República. O principal motivo são ameaças sofridas por lideranças decorrentes de conflitos causados por conta da demarcação e da regularização das terras indígenas. De acordo com relatos de indígenas, o sentimento é de estarem refugiados em seu próprio país.