O senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) apareceu de surpresa no Senado, nesta quinta-feira (12), após dias de sumiço dos trabalhos da Casa, para acompanhar a escolha do relator do processo movido pelo PSOL por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética. A representação se ampara nas denúncias de ligações do parlamentar com o empresário Carlos Cachoeira, preso desde fevereiro acusado de exploração de jogos ilegais.
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), defendeu nesta terça-feira (10) que seja criada uma Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI), com integrantes da Câmara e do Senado, para investigar denúncias de vinculações de parlamentares com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
A Receita Federal anunciou nesta terça-feira (10) a Operação Camaro, com o objetivo de combater uma organização envolvida em processos fraudulentos em licitações, corrupção de servidores públicos, desvio de recursos e compensação irregular de impostos no Espírito Santo.
O Diário Oficial da União publicou nesta segunda-feira (9) portaria estabelecendo afastamento por 30 dias do superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Distrito Federal e Entorno, Marco Aurélio Bezerra da Rocha.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), assegurou que o nome do novo presidente do Conselho de Ética da Casa será definido nesta terça-feira (10). O cargo está vago desde que o senador João Alberto Souza (PMDB-MA) se licenciou, no ano passado, para assumir cargo no governo do Maranhão. O Conselho de Ética tem que decidir sobre o pedido de abertura de processo contra o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).
Depois do escândalo das gravações que mostraram a relação estreita do senador Demóstenes Torres (ex-DEM) com Carlinhos Cachoeira — preso pela Polícia Federal por explorar jogos ilegais —, o governador Marconi Perillo (PSDB) não tem dúvidas: "Todos os políticos importantes de Goiás tiveram algum tipo de relação ou de encontro com o Carlos Ramos, como empresário e dono de indústria de medicamentos em Anápolis, que se relacionou durante muito tempo com várias personalidades da sociedade goiana".
Qualquer pessoa de bom senso, que tenha lido os articulistas da grande imprensa, desde o surgimento dos escândalos envolvendo o senador Demóstenes Torres, concluirá facilmente que os trabalhadores das oficinas de consenso, aturdidos com o que lhes parece um ponto fora da curva, uma desconstrução dispendiosa e extemporânea, são como aqueles motoristas que imaginam poder dirigir um veículo com os olhos presos ao retrovisor.
Por Gilson Caroni Filho
Tem sido muito comentado até na imprensa amiga do Democratas – que já foi PFL e, de alguma forma, Arena – que a agremiação estaria moribunda. Para um certo setor da sociedade, supõe-se que seja uma hipótese incompreensível. Há gente que, quando fala em corrupção, cita Delúbio, Dirceu, blábláblá, blábláblá e blábláblá, mas não fala de um só “democrata” ou tucano.
Por Eduardo Guimarães, no blog da Cidadania
Misteriosos clientes se dirigem a diversas bancas de Goiânia, capital de Goiás, na manhã de domingo (1º). Minutos após os estabelecimentos abrirem, por volta das 8 horas, chegam com o objetivo de comprar, antes dos leitores da publicação, todo o estoque da edição 691 de CartaCapital, que traz reportagem de capa sobre a relação comprometedora do bicheiro Carlinhos Cachoeira com o governador Marconi Perillo (PSDB). Conseguem em diversos pontos da cidade.
Por Gabriel Bonis, na CartaCapital
O fascistóide Jair Bolsonaro (PP-RJ) adora provocar. Mas desta vez ele pode ter se exagerado, o que finalmente possibilitaria a sua punição por quebra de decoro parlamentar.
Por Altamiro Borges
Em discurso, o senador Pedro Taques (PDT-MT) defendeu, nesta quarta-feira (4), a criação de mecanismos mais rigorosos de controle e fiscalização na aquisição de produtos e serviços por órgãos públicos, incluindo acompanhamento das compras sem licitação pelos Tribunais de Contas e responsabilização mais rigorosa dos agentes privados em casos de corrupção.
Os dois principais casos de corrupção deste ano estão prestes a se unir. De acordo com o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), a defesa de Carlinhos Cachoeira pode impedir o começo dos trabalhos da CPI sobre suas fraudes graças à Privataria Tucana. Isso porque o regimento interno da Câmara dos Deputados dita que uma nova comissão de inquérito só pode ser instaurada após o começo da anterior. A CPI da Privataria ainda está na lista de espera.