A presidente Dilma Rousseff quebrou o silêncio em relação à nova onda de escândalos de corrupção na Esplanada dos Ministérios. Em rápida entrevista após a cerimônia de lançamento do Plano Brasil Maior de Política Industrial, no Palácio do Planalto, Dilma disse que o combate a corrupção é efetivo.
O assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse que o governo investigará denúncias de irregularidades, mesmo que sejam contra pessoas ligadas ao PT ou a partidos aliados. Mas isso, segundo ele, não significa uma caça às bruxas, nem o fim da aliança política.
O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Moreira Franco, defende que a apuração de casos de corrupção no governo seja feita com rigor pela Corregedoria-Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal (PF), independentemente de questões partidárias. Ele, que é do Diretório Nacional do PMDB há mais de 20 anos, salienta que a legenda não age com protecionismo em relação à chamada “faxina” adotada pelo governo para eliminar qualquer foco de desvio de conduta de seus agentes.
Em pesquisa realizada pelo CRIP (Centro de Referência do Interesse público) nos últimos anos nos deparamos com um dado preocupante. Quase a totalidade – cerca de 97%- dos brasileiros consideram a corrupção um fenômeno grave ou muito grave de nossa vida pública.
Por Newton Bignotto*
Passado meio ano de sua posse, a presidente Dilma Rousseff tem procurado mostrar o seu estilo de lidar com a corrupção, fenômeno criminal endêmico, capaz de colocar o país entre os mais subdesenvolvidos do mundo quando o assunto é o desvio de recursos públicos para fins escusos.
O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, negou neste sábado (16) que haja qualquer irregularidade em obras de rodovias apontadas na edição desta semana da revista IstoÉ. “É preciso esclarecer que ainda que o Ministério dos Transportes tivesse feito suplementação de obra, seja por decreto, seja por projeto de lei, o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal bloqueia que se emprenhe e se pague algo com impedimento do Tribunal de Contas da União (TCU)”, disse.
A Justiça do Rio de Janeiro concedeu nessa sexta-feira (15) uma redução de pena ao ex-banqueiro Salvatore Alberto Cacciola, condenado a 13 anos de prisão pelos crimes de gestão fraudulenta e desvio de dinheiro público. Pela decisão da juíza Roberta Barrouin Carvalho, da Vara de Execuções Penais, a pena fica encurtada em um quarto.
Por Geraldo Elísio
Em um Brasil cansado da corrupção generalizada, principalmente no âmbito das instituições que compõem os Poderes da República, a semente lançada pelo deputado federal Protógenes Queiroz, (PC do B/SP), no sentido de aumentar as penas para os crimes do colarinho branco, que passarão a ser tratados como crimes hediondos,… começa a germinar.
Em julho de 2007, a cantora Ivete Sangalo virou uma das estrelas do “movimento cívico pelo direito dos brasileiros”, mais conhecido pelo slogan Cansei. Aproveitando-se oportunisticamente da tragédia da TAM, direitistas convictos e ricaços famosos, tendo à frente João Dória Jr., tomaram a iniciativa para “condenar a desordem do governo federal”.
Por Altamiro Borges
As comissões de Infraestrutura e Meio Ambiente, Fiscalização e Controle do Senado começaram, na manhã desta terça-feira (12), a ouvir o diretor afastado do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Pagot, sobre as denúncias de corrupção no órgão e no Ministério dos Transportes. Pagot rebateu as informações publicadas pela revista Veja de que o Dnit seria usado para fazer caixa ao PR, partido ao qual é filiado, e conseguir o apoio de parlamentares.
Não há como saber se a corrupção aumentou no Brasil durante o governo Lula. A avaliação é do cientista político Ricardo Caldas e do antropólogo Marcos Otávio Bezerra, que participaram nesta segunda-feira (11) de uma mesa redonda sobre o custo da corrupção para o Estado brasileiro, programada para a primeira tarde de discussões da 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre em Goiânia.
A assessoria do vereador Pedro Ruas (PSol) confirmou a presença do governador Tarso Genro e do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, a um ato de desagravo, que teria início às 15h30 desta segunda-feira (11), no Plenário da Câmara Municipal. O evento político decorre da decisão judicial que condenou o parlamentar a três meses de detenção em função das denúncias feitas por ele tendo como alvos a ex-governadora Yeda Crusius e o ex-marido dela, Carlos Crusius, em 2009.