Propostas de Bolsonaro para o social, educação, saúde e meio ambiente “contradizem o que ele fez nos últimos 4 anos.
O governo retira recursos do principal programa de aquisição de alimentos da agricultura familiar, o Alimenta Brasil – que substituiu, em 2021, o PAA, criado no governo Lula, em 2003
Ao sancionar Orçamento com vetos parciais, presidente retirou aproximadamente R$ 240 milhões da área ambiental
Assistência social do país perdeu até 40% dos recursos destinados aos seus órgãos. Portaria foi publicada sem alarde, no apagar das luzes de 2019
Nas últimas semanas, um assunto recorrente tem sido as dificuldades enfrentadas pelas agências federais em manter o número de bolsas de estudo e honrar os auxílios já concedidos decorrentes do contingenciamento financeiro. Nesse quadro, destacam-se as bolsas de pós-graduação. Elas beneficiam jovens talentosos dos cursos de mestrado e doutorado do país, que estão se preparando paras as carreiras de pesquisador e de docente.
Por Vahan Agopyan*
Mesmo após o remanejamento de R$ 82 milhões do Ministério de Ciência & Tecnologia para o financiamento de pesquisas, o pagamento de bolsas até o final do ano continua sob risco. Em audiência pública no Senado nesta quinta-feira (5), o secretário-executivo do ministério, admitiu que o repasse, anunciado no início da semana, é insuficiente para honrar os compromissos da pasta neste ano. O presidente Jair Bolsonaro, alertado por vários meios, parece pagar para ver o colapso científico no País.
O cenário de desmantelamento é compatível com uma eventual extinção do CNPq ou mesmo fusão com a Capes. Nesse ínterim, não se vê nenhuma ação resolutiva por parte do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, que também se revelou omisso frente à truculência e boçalidade do presidente Bolsonaro a respeito dos dados sobre as queimadas levantados pelo Inpe. Estamos à beira de um colapso das universidades federais.
Por Marcelo Lima*
O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira criticou o corte de verbas do governo Bolsonaro e a declaração do novo ministro do MEC. Segundo o reitor, o contigenciamento tornará a instituição "não administrável". Em Goiás, o corte de 30% nas verbas destinadas ao custeio de instituições de ensino superiores federais brasileiras vai atingir, no estado, a Universidade Federal de Goiás (UFG), o Instituto Federal de Goiás (IFG) e o Instituto Federal Goiano (IF Goiano)