Último país das Américas a abolir a escravidão, o Brasil tardou a se preocupar com o acesso dos negros ao Ensino Superior, de forma a reduzir as abissais desigualdades perpetuadas no mercado de trabalho. As universidades brasileiras começaram a reservar vagas para pretos, pardos e indígenas somente no início dos anos 2000, mais de quatro décadas depois das primeiras ações afirmativas nos EUA.
Universidades que aderiram a programas sociais ainda têm dificuldades de entender contexto social de estudantes.
A leitura da matéria “UnB será ocupada pela periferia: exemplos vêm de Ceilândia e Brazlândia”, de Pedro Grigori e Walder Galvão, no Correio Braziliense desta quarta-feira, 31, é uma excelente oportunidade para reabrir a discussão sobre o êxito da política de cotas no Brasil.
Por Aloizio Mercadante*
Universidade adotará mudanças a partir de 2019. Exame para estudantes indígenas serão aplicadas no vestibular de 2021.
A Unicamp tomou uma decisão histórica na tarde de terça-feira (21) ao aprovar, por meio do Conselho Universitário (Consu), mecanismos que flexibilizam o ingresso nos seus cursos de graduação. Entre as medidas admitidas estão a adoção de um sistema de cotas étnico-raciais que reserva 25% das vagas disponíveis para candidatos autodeclarados pretos e pardos e a criação do Vestibular Indígena.
Militantes afirmam que crime é generalizado e mais presente em cursos elitizados. O movimento e cursinho popular Educafro está tentando instalar medidas de reparação pelas fraudes ocorridas em relação à política de cotas raciais.
De acordo com Marianna Dias, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), a aprovação das cotas raciais na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade de Campinas (Unicamp) são “uma motivação de esperança e de luta em um momento de perda de direitos dos estudantes, e de todos os brasileiros”.
Por Verônica Lugarini*
Entrevista da professora Márcia Lima à Carta Capital dismistifica os argumentos contra a adoção de cotas e lembra o caminho a ser percorrido depois dessa conquista
Por Alessandra Monterastelli
A aprovação da ação afirmativa pelo Conselho Universitário representa uma importante conquista, mas ainda não é suficiente, diz professor
Por Victória Damasceno
O racismo e o conservadorismo renitentes reaparecem num editorial deste domingo (9), da Folha de S. Paulo, sob o título Cotas falhas.
Por José Carlos Ruy *
O Conselho Universitário da Universidade de São Paulo (USP) aprovou a política de cotas para alunos de escolas públicas e autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI) nos cursos de graduação da instituição a partir de 2018, em uma decisão que, segundo Luana Alves, aluna que integra o Conselho Universitário da USP, é a “quebra de um tabu”. A decisão foi tomada na noite de terça-feira (4),