"Todo mundo se tornou mais egoísta, não existe solidariedade, ninguém mais ajuda ninguém. Não sei muito sobre a dívida, mas sei que esta crise é uma merda, porque os mesmos de sempre é quem vão pagá-la, e dá na mesma que governe a esquerda ou a direita, porque quem manda são os bancos, as financeiras." Quem fala é Diabira, um jovem de 24 anos de raça negra que acaba de terminar seu turno na fábrica da PSA Citroën-Peugeot, um enorme edifício com os muros coroados de espinhos.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, defendeu nesta quarta (30) a união dos países emergentes para o enfrentamento dos efeitos colaterais da crise econômica mundial. Segundo ele, essa é a única forma das nações alcançarem a integração econômica.
Ao analisar o Seminário "A crise no capitalismo e o desenvolvimento do Brasil", realizado no Rio de Janeiro, na última segunda-feira (28), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse que os economistas presentes ao evento concluíram que o Brasil sai fortalecido da crise econômica atual. O seminário foi promovido por quatro fundações partidárias: João Mangabeira, do PSB, Perseu Abramo, do PT, Leonel Brizola, do PDT, e Maurício Grabois, do PCdoB.
O resgate aos bancos durante a crise da bolha imobiliária de 2008 foi maior do que o divulgado pelo governo dos Estados Unidos. Segundo reportagem da revista americana de economia Bloomberg, o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, e os grandes bancos do país tentaram esconder detalhes do maior resgate a instituições financeiras da história do país.
Por Gabriel Bonis, em Carta Capital
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebe nesta segunda-feira na Casa Branca alguns líderes da União Europeia (UE) com os quais pretende conversar sobre a atual crise da dívida na Europa, as mudanças políticas nos países árabes e as crescentes tensões com o Irã. Trata-se de uma reunião entre imperialistas decadentes e em crise, que pretendem continuar dominando o mundo.
O primeiro-ministro grego Georgios Papandreou e o primeiro-ministro italiano Sílvio Berlusconi foram ambos forçados a sair e substituídos por representantes da alta finança. Mario Monti, que substitui Berlusconi, era antes presidente europeu da Comissão Trilateral e membro do Grupo Bilderberg. Encontra-se igualmente no quadro de consultores internacionais do Goldman Sachs.
Por Mike Whitney, em O Diário.info
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que a crise internacional vai agravar-se, mas que o governo não precisa tomar nenhuma medida para conter a valorização do dólar. Segundo ele, o dólar está se valorizando no Brasil porque está “repercutindo o agravamento da crise internacional”.
O prômio Nobel da Economia em 2001 e antigo vice-presidente do Banco Mundial, Joseph Stiglitz, afirmou na última quinta-feira (25) que as políticas de austeridade constituem uma receita para "menos crescimento e mais desemprego".
Em entrevista ao site português Avante!, Paulo Raimundo, membro da Comissão Política do Partido Comunista de Portugal, analisa quais são as expectativas e o papel do PCP na greve geral deflagrada nesta quinta-feira (24) em Portugal.
Portugal amanheceu nesta quinta-feira (24) sob os efeitos de uma greve geral, que atinge os serviços públicos. A paralisação foi deflagrada em meio a um quadro crescente de descontentamento com medidas de arrocho impostas pelo governo em troca de um pacote de ajuda de 78 bilhões de euros.
O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, reúne-se nesta quinta-feira (24) com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, principais países imperialistas que mandam na União Europeia em nome dos monopólios e do capital financeiro. É o primeiro encontro de Monti com Sarkozy e Merkel para discutir o endividamento do governo italiano. A conversa se desenvolve em Estrasburgo, no leste da França.
“Estamos a assistir ao desenvolvimento do subdesenvolvimento do nosso país (Portugal)”, escreve Boaventura Sousa Santos no seu livro Portugal, ensaio contra a autoflagelação. Analisando as sensações contraditórias: “Somos portugueses do mesmo modo que somos europeus?” (…) “Estamos sendo os retornados da Europa, sem nunca daqui termos saido?”, questiona.
Por Zillah Branco*