Partidos da base aliada (PSDB-PMDB-DEM) já articulam um nome viável para assumir o comando do governo – e garantir as reformas trabalhista e previdenciária – caso a situação do presidente Michel Temer se torne realmente insustentável, como parece ser o caso. Segundo divulgou o Estadão, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é um dos nomes mais cotados e já vem sendo sondado para ser um candidato consensual em uma eventual eleição indireta via Congresso Nacional.
Em entrevista ao Estadão, o cientista político Luiz Werneck Vianna, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio, analisa a atual conjuntura política do país destacando que a atual crise política é fomentada pela manipulação de juízes e procuradores que se comportam como “tenentes de toga”, numa comparação com os militares dos anos 1920.
O baque foi grande, revelado após os resultados do primeiro turno das eleições municipais de 2 de outubro. O simbolismo mais significativo ficou no maior partido da esquerda da América Latina: O PT, que liderou mudanças importantes no Brasil, a partir de 2003, e influenciou transformações no Continente.
Por Cláudio Mota*
A presidenta nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos, candidata à prefeita de Olinda, afirmou em entrevista à Folha de Pernambuco que a agenda do governo ilegítimo de Michel Temer leva o país “ao tempo da terra arrasada”. E a saída é a resistência “para devolver a soberania popular”.
Em entrevista à Rádio França Internacional, o escritor e ex-professor de jornalismo da Universidade de São Paulo (USP), Bernardo Kucinski, avaliou que a atual crise política no Brasil é uma disputa de classes.
O processo de impeachment da presidenta Dilma vai revelando, cada vez mais, contradições e perfídias. Atinge personalidades de destaque, amplia a crise política, coloca mal todos os três Poderes constituídos da República.
Por Haroldo Lima*
A crise política é reveladora do espantoso atraso cultural de uma larga parcela da elite brasileira, sobretudo seus representantes no Poder Legislativo. O golpe de Estado, travestido de impeachment, contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff, tem seu itinerário marcado por ódio ao projeto que mais mudou as condições de vida da população, valorizou nossa soberania e ergueu o Brasil no concerto das nações.
Por Olívia Santana*
Independentemente do desfecho da crise política, ficará a fratura da crise de legitimidade que corrói os poderes da República e ameaça a democracia.
Por Roberto Amaral*, em seu blog
A crise que se abateu sobre o país tem sido justificada em nome do combate à corrupção e, por meio da insistente repetição dos diversos meios de comunicação, vem induzindo a população a acreditar que foi o PT que, ao chegar ao governo, institucionalizou a corrupção instalando uma verdadeira quadrilha empenhada na apropriação privada dos fundos públicos.