A exemplo da perseguição ao movimento estudantil, com a tentativa de instalação da CPI da UNE (União Nacional dos Estudantes), a maioria que apoia o governo ilegítimo de Michel Temer, agora tenta criminalizar os artistas brasileiros em represália pela luta do movimento contra a extinção do Ministério da Cultura e os retrocessos impostos pelo golpe. O DEM, com o apoio do PSDB e do PSD, com um total de 190 assinaturas, quer instalar na Câmara dos Deputados a CPI da Lei Rouanet.
Diversos artistas, muitos deles conhecidos do grande público nacional como as atrizes Marieta Severo, Andrea Beltrão, Patrícia Pillar, Tereza Seiblitz, Mariana Lima e os atores Enrique Diaz, Igor Angelkorte, Jards Macalé, o cantor Otto e o cineasta Jorge Furtado denunciam, em vídeo, o golpe de Estado ocorrido no Brasil e destacam que as ocupações das sedes do Ministério da Cultura (MinC) em todo o país, são, fundamentalmente, pelo fim do governo ilegítimo de Michel Temer.
Ex-presidenta da Comissão de Cultura da Câmara, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) participou de audiência realizada pelo Colegiado, nesta terça-feira (24). Na ocasião, Alice criticou a extinção e a posterior recriação do Ministério da Cultura pelo governo de Michel Temer e denunciou o prefeito de Salvador, ACM Neto, que quer nomear pessoas ligadas ao seu grupo para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) com o objetivo de vender o Centro Histórico da capital baiana.
Em audiência na Câmara, artistas anunciam que prédios públicos continuarão ocupados em defesa do Ministério da Cultura. Presença dos deputados Feliciano e Bolsonaro causou tumulto na reunião. A Comissão de Cultura da Câmara debateu, nesta terça-feira, a extinção (MP 276/06) e posterior recriação (MP 278/16) do Ministério da Cultura no governo interino de Michel Temer.
O cretino episódio de fechamento e reabertura do Ministério da Cultura obriga a essencial distinção entre oposição a um governo usurpador e repúdio a solidariedades extorquidas por contrabandistas políticos. Durante anos os democratas foram manietados e amordaçados pelos que defendiam a estratégia oportunista de combater a ditadura por dentro.
Por Wanderley Guilherme
A Virada Cultural de São Paulo, realizada neste sábado e domingo (21 e 22), foi marcada pela resistência popular contra o golpe em curso no Brasil. Tanto o público, quanto os artistas, se posicionaram claramente contra o interino Michel Temer e pediram a volta da presidenta eleita, Dilma Rousseff. As palavras de ordem “Fora Temer” e “Temer jamais” deram o tom da luta.
"O mundo hoje sabe que é golpe", disse o cientista Miguel Nicolelis, que ajudo a repercutir internacionalmente o processo de impeachment no Brasil. No ato Grito pela Democracia, realizado neste sábado (21) em São Paulo, ele lembrou de quando foi estudante secundarista e participou de passeatas contra a ditadura.
Universo da cultura é diverso, potente, colaborativo, horizontal. Mas elite não comprende — por ser arcaica, cafona, obtusa, bocó. Para ela e seus cordeiros, o criativo incomoda.
Por Jéferson Assumção
Estas linhas ainda não são o que eu gostaria de escrever sobre o maior tradutor da literatura russa em língua portuguesa. Mas para não ficar à espera do melhor momento, embarco ligeiro neste mesmo, que não é bom, nestes dias miseráveis de impeachment da presidenta Dilma.
Por Urariano Mota*, especial para o Vermelho
Em defesa da Comunicação Pública e da Cultura, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro realizam atos culturais na noite desta sexta-feira (20). Milhares de pessoas devem se reunir no Palácio Capanema, na cidade do Rio de Janeiro que deve contar com às presenças dos cantores Caetano Veloso e Erasmo Carlos.
Todo mundo sabe, embora às vezes de maneira imprecisa, o que é obscurantismo. É impedir que verdades ou fatos venham à luz, é oposição ao progresso intelectual ou material, é restringir ou negar o acesso do povo ao conhecimento. A vítima é a sociedade. O caminho do obscurantismo para impedir a sociedade de ter acesso a conhecimentos são os diversos tipos de repressão política, militar, religiosa, sexual, comportamental. Enfim, todas as certezas absolutas e todos os preconceitos.
Por Orlando Senna
Hoje foi a vez de Florianópolis (SC) fazer o ato pela cultura em frente ao IPHAN, que fica na Praça dos Bombeiros. A manifestação reuniu artistas de teatro, cinema, circenses, bailarinos, escritores, cantores, trabalhadores da cultura, agentes culturais, pontos de cultura, tudo numa só voz pedindo o Fora Temer. Para o movimento uma nação sem cultura é uma nação sem alma.