O medo de ser despedido é o que mais assusta os trabalhadores americanos, seguido de cortes no salário, excesso na carga de trabalho e falar em público, mostrou uma pesquisa do site CareerBuilder com mais de 4 mil funcionários.
Por Letícia Arcoverde, do Valor
A taxa de desemprego em setembro ficou em 6% nas seis principais regiões metropolitanas do país, de acordo com os números da Pesquisa Mensal de Emprego divulgados nesta quinta (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é o mesmo verificado em agosto, e é 0,2 ponto percentual menor do que a taxa de setembro de 2010, o que, segundo o IBGE, configura um quadro de estabilidade.
A taxa de desemprego em sete regiões metropolitanas do país ficou em 10,6% em setembro, praticamente o mesmo nível registrado em agosto (10,9%). O dado faz parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada nesta quarta-feira (26) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
Números oficiais divulgados nesta sexta-feira indicam que 103 mil postos de trabalho foram criados nos Estados Unidos no mês de setembro, mas, destes, 45 mil eram trabalhadores em greve da empresa de comunicações Verizon, que voltaram ao trabalho. A taxa de desemprego no país continua acima dos 9%, o que representa cerca de 14 milhões de desempregados.
Ao dar entrada no seguro-desemprego, trabalhador estará automaticamente inscrito no processo de intermediação de emprego, podendo ser convocado a participar de processos de seleção e encaminhamento de vagas. É o que oferece o Portal Mais Emprego que já está em funcionamento em todo o país. Nesta semana, foi finalizada a implantação do sistema no estado de São Paulo.
O medo do desemprego, medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), atingiu o menor nível desde o início do levantamento, em maio de 1996. Segundo o índice divulgado hoje (3), o indicador fechou setembro em 78,7 pontos. Tendo como base o referencial de 100 pontos, o índice é mais alto quanto maior o receio do trabalhador de perder o emprego.
Em agosto, o total de desempregados nas sete regiões metropolitanas do país pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), totalizou 2,414 milhões de pessoas, 27 mil a menos que no mês anterior.
Um relatório elaborado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelou que o número de desempregados em todo mundo chega a 200 milhões, o maior índice já registrado durante o atual momento da crise do capitalismo. E, se a economia continuar a desacelerar, o número poderá ser ainda maior em 2012 nos países do G20.
A taxa de desemprego para o conjunto de seis regiões metropolitanas do país ficou estável em agosto, variando 6%, leitura idêntica a do mês de julho e inferior à marca registrada em agosto de 2010 (6,7%). O resultado, divulgado nesta quinta-feira (22) pela PME (Pesquisa Mensal de Emprego) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) foi o menor para agosto desde o início da série, em março de 2002.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) não está convencido de que o mercado de trabalho brasileiro tenha atingido o pleno emprego. No boletim Conjuntura em Foco, divulgado nesta querta (14), o instituto questiona análises nesse sentido e anuncia que começa a pesquisar o tema de maneira aprofundada, levando em conta parcela expressiva de trabalhadores subempregados.
A economia capitalista inclinou-se rumo a uma renovação da crise quando o governo dos EUA anunciou que não foram criados novos empregos no mês de agosto. Esta notícia desastrosa para os 30 milhões de trabalhadores desempregados e subempregados nos EUA verifica-se contra um pano de fundo de um ameaçador arrefecimento da economia mundial.
Por Fred Goldstein
Os novos pedidos de seguro desemprego se mantiveram em alta nos Estados Unidos no início do mês de setembro, segundo cifras publicadas nesta quinta-feira pelo departamento do Trabalho.