A origem racial pode ser a causadora das grandes desigualdades sociais dentro dos Estados Unidos: os que mais sofrem desde a infância as diferenças ou os que já adultos são os que conformam a população majoritária das prisões.
O enriquecimento de uma minoria estimularia o crescimento, favorecendo a queda do desemprego e a melhora de vida dos pobres: esse postulado há tempos preside o destino dos EUA. Enquanto as classes populares continuam a sofrer com a crise e o fosso social aumenta, essa concepção é posta em xeque pelo presidente Obama.
Por Kostas Vergopoulos*, no Le Monde Diplomatique
O período da ditadura, que completou na última terça-feira (1) 50 anos, deixou marcas aparentemente indeléveis na sociedade brasileira. Heranças como a violência institucional, o sistema educacional, leis e ideias que ainda vigem e, claro, a falta de punição aos responsáveis criam um imaginário social que pactua com valores pouco democráticos. Na seara do planejamento urbano, o período também pode ser considerado um desastre.
Entre ricos e pobres, entre Norte e Sul, entre negros e brancos, acesso à educação no país é marcado por diferença de oportunidades determinante na vida adulta. Distorção nos recursos é o fator central.
Colunista sênior do The New York Times, Joe Nocera, escreveu sobre o Brasil na segunda-feira (20), apontando a surpresa que lhe despertou a cidade do Rio de Janeiro. Muniu-se de mais informações após sua viagem de volta aos Estados Unidos, reunindo-se com alguns economistas para procurar entender o que se passava com o país em particular onde se apoiavam seus pilares econômicos.
Por José Carlos Peliano*
A desigualdade mundial é tão acentuada que até a Cúpula dos Ricos de Davos, que começou na quarta-feira (22), a citou como uma das grandes ameaças para a economia global. Um informe da organização humanitária Oxfam difundido segunda-feira ilustrou essa realidade com uma comparação que revela os extremos do desequilíbrio social em pleno século XXI.
Por Marcelo Justo, na Carta Maior
Imagine viver em um país no qual uma pessoa que tem bens líquidos acima de 8,6 mil reais é mais rico que metade da população. Essa é a situação existente hoje, se o mundo for tratado como uma unidade.
Por José Antonio Lima*, na Carta Capital
Um informe recente do Centro de Análises de Exclusão Social na London School of Economics prevê que, se continuar no atual ritmo de desigualdade, em 2025 a Grã-Bretanha voltará a viver a realidade social injusta que a caracterizava no final do século 19. Em outras palavras, estamos retrocedendo aos tempos da rainha Vitória.
Por Roberto Sávio*, na Carta Capital
“O governo queria que esperássemos, mas éramos jovens e impacientes. Esperamos centenas de anos após o fim da escravidão.” Assim Ericka Huggins, professora universitária e socióloga, hoje com 64 anos, definiu sua militância quando era jovem no Partido dos Panteras Negras (em inglês, BPP – Black Panther Party), nos Estados Unidos.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2012 mostra que as desigualdades seguem tendência de queda no Brasil, segundo a presidenta do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Wasmália Bivar.
Nos últimos anos, a redução da desigualdade de rendimentos no Ceará tem ganhado força. De acordo com os dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), o Estado apresentou a maior redução na desigualdade de renda do Brasil. No período de 2001 a 2011, a redução no Ceará chegou a 12,08%, maior que a do Brasil (11,31%) e do Nordeste (9,58%).
O relatório sobre a riqueza global, em 2012, do banco Credit Suisse (The Credit Suisse Global Wealth Report 2012) traz um quadro bastante amplo e esclarecedor da distribuição da riqueza (patrimônio) das pessoas adultas do mundo.
Por José Eustáquio Diniz Alves*