O Prêmio Nobel de Economia de 2001, Joseph Stiglitz, avalia que a manutenção da política de austeridade e de juros altos praticada no Brasil pode comprometer o exitoso combate às desigualdades vivenciado nos últimos anos. Para o professor da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, o caminho do ajuste deve ampliar o desemprego e sufocar a economia.
Na manhã desta terça-feira (20), o embaixador brasileiro Samuel Pinheiro Guimarães, foi o convidado especial do debate sobre a Desigualdade Econômica no Brasil e no Mundo promovido pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em parceria com a Fundação Perseu Abramo (FPA).
A luta contra a fome no mundo registou "progressos significativos" nos últimos 15 anos, com uma redução global de 27%. O Brasil foi um dos países que mais diminuiu a subnutrição entre os 128 países analisados no estudo do Índex Global sobre Fome (IGF), elaborado pelo Instituto Internacional de Investigação sobre Políticas Alimentares (IFPRI, na sigla em inglês).
O relatório da organização não-governamental Oxfam, apresentado nesta quarta-feira (9), em Madri, apontou que a Europa registra níveis “inaceitáveis” de desigualdade em 2015, com mais de 25% da população da União Europeia (UE) vivendo em risco de pobreza e de exclusão social.
“O poder do indivíduo” é o título de um artigo publicado no jornal Zero Hora, no dia em que se celebra a independência (?) do Brasil, assinado pelo advogado Michel Gralha.
Por Jacques Távora Alfonsin*, em seu blog
Um relatório lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) desta terça-feira (14) aponta que a desigualdade social entre regiões de uma mesma cidade diminuiu em pelo menos oito capitais brasileiras nos últimos cinco anos, porém a diferença entre os bairros ainda continua grande. Para os especialistas do órgão, o caminho mais eficiente para reverter o quadro é investir em educação.
É muito comum no Brasil, principalmente depois da ascensão de parte da população com os programas de transferência de renda do governo, algumas pessoas recorrerem ao conceito de “meritocracia”. Essa ideia é, normalmente, utilizada para criticar as medidas sociais usando a justificativa de que todos têm as mesmas oportunidades e que o mérito verdadeiro – o sucesso profissional, por exemplo – depende unica e exclusivamente do esforço individual.
Em onze anos, o percentual da população negra de baixa renda que também registrava privações em outras áreas, como baixa escolaridade ou acesso reduzido a serviços e bens, caiu 86%. O dado consta de levantamento feito pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), com base em metodologia do Banco Mundial, que considera várias dimensões a pobreza, além da renda.
Pesquisa divulgada, nesta sexta-feira (20), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) explora a redução da desigualdade socioeconômica após 2004. Segundo o estudo, a partir de 2004, as famílias, em especial as de baixa renda, foram amplamente beneficiadas pelo aumento da renda total fomentado pela geração de empregos formais, pelo incremento dos níveis de renda individual induzido pelas políticas públicas de salário mínimo, de proteção social e de transferência de renda.
A nova geração chamada de nem-nem: 70% deles (jovens que nem estão no mercado de trabalho, nem na escola) fazem parte das famílias representadas dentro dos 40% mais pobres.
Por João Vitor Santos – IHU
Durante participação do programa Roda Viva, da TV Cultura, o economista francês informou que está em curso novos estudos brasileiros sobre desigualdade de renda, que começam a ter acesso a dados inéditos da Receita Federal, desde 1963. Análises preliminares apontam para uma redução da desigualdade na base mais gorda da pirâmide e aumento da desigualdade em relação aos 10% mais ricos.
A organização não governamental britânica (ONG) Oxfam informou, nesta segunda-feira (19), que, em 2016, o patrimônio acumulado pelos mais ricos do mundo – 1% da população mundial – vai ultrapassar o dos restantes 99%. "A parte do patrimônio mundial detida por 1% dos mais ricos passou de 44% em 2009 para 48% no ano passado e vai ultrapassar os 50% no próximo ano."