O sociólogo Clemente Ganz Lúcio afirmou em artigo que a economia brasileira que está “girando com o pé no freio” precisa construir uma “transição que promova a retomada do crescimento econômico”. Com base em dados do Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), no qual é diretor técnico, ele mostrou como retrocedeu o contexto do trabalho e emprego no Brasil e destacou a velocidade e a intensidade dessa regressão.
Dois dias depois do anúncio das regras do Imposto de Renda para Pessoa Física de 2016, feito no dia 2 de fevereiro, confederações de trabalhadores de diversas categorias reivindicaram a correção da tabela do tributo. Na opinião de sindicalistas e especialistas na área, é a forma de amenizar o impacto que o leão traz à renda do assalariado. Apesar da urgência, o debate sobre a correção, que é reivindicação antiga, ainda não progrediu.
Por Railídia Carvalho
Com seis décadas de existência, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos tem sido um parceiro constante do sindicalismo. Em 2015, ajudou a formatar o PPE (Programa de Proteção ao Emprego) e o movimento “Compromisso pelo Desenvolvimento”. Seu diretor-técnico Clemente Ganz Lúcio é o entrevistado desta sexta (15) na série que a Agência Sindical produz sobre conjuntura e perspectivas.
De acordo com cálculo do Dieese, o salário mínimo para sustentar uma família de quatro pessoas no Brasil deveria ser de R$ 3.518,51, em dezembro de 2015. O valor é 4,47 vezes o salário válido no mês, de R$ 788. A estimativa foi divulgada nesta sexta-feira (9).
Com o reajuste de 11,67% e valor de R$ 880, a partir de 1º de janeiro, o salário mínimo nacional terá alcançado um ganho real de 77,3% acima da inflação acumulada desde 2002 e injeta R$ 57 bilhões na economia. As informações são apontadas em nota técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgada nesta segunda (29).
Em 18 de setembro, um grupo de 24 alunos recebeu o certificado de conclusão de curso superior em Ciências do Trabalho. Era a formatura da primeira turma organizada pelo Dieese, iniciada em 2012, completando um percurso histórico de 60 anos. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos foi criado em dezembro de 1955 com a ideia, entre outras, de ser um centro de estudos e formação, aproximando-se da academia, mas tendo como base o mundo do trabalho.
Segundo dados do Dieese, o Brasil possui hoje mais de 12 milhões de trabalhadores terceirizados. A informação foi apresentada nesta quinta (27) pelo procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR), Gláucio Araújo de Oliveira, no IX Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh). E terceirização, como se sabe, costuma ser sinôniomo de precarização.
As seis principais centrais sindicais, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e setores empresariais, como Anfavea e a Abimaq, reunidos nesta segunda-feira (23) na sede do Dieese, em São Paulo, reafirmaram seu “Compromisso Permanente pelo Desenvolvimento” e formularam um manifesto reunindo propostas comuns para que se dê um novo rumo à economia brasileira.
A participação dos negros no mercado de trabalho aumentou entre 2013 e 2014, nas regiões metropolitanas de Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo. Mas o rendimento médio dessa parcela da população, embora tenha melhorado, ainda é expressivamente inferior ao dos não negros. Esta é a faceta visível da tão dissimulada discriminação racial do Brasil.
Até o próximo mês, o pagamento do 13º salário injetará aproximadamente R$ 173 bilhões na economia brasileira, de acordo com cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgados nesta quarta-feira (11).
Lideranças de centrais sindicais, entre elas o presidente da CTB, Adilson Araújo, se reuniram ao longo de toda a manhã desta segunda-feira (9) com representantes do Dieese para debater propostas e alternativas de combate à crise com o intuito de destravar investimentos e garantir a geração de emprego, sobretudo nos setores de petróleo e gás, indústria naval e da construção civil.
Apesar da crise, no primeiro semestre deste ano, 69% das negociações analisadas pelo Sistema de Acompanhamento de Salários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (SAS-Dieese) conquistaram aumentos reais. Os reajustes acima da inflação se concentraram na faixa de até 1% de ganho real, de acordo com os dados divulgados hoje (27) pela entidade, na capital paulista.