Figura central no processo das mobilizações contra o golpe, o presidente da central dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, declarou ao Portal Vermelho que o momento vivido no Brasil é de grande perigo às conquistas da classe trabalhadora e ao jovem regime democrático estabelecido no país. "Está escondido no patinho feio da Fiesp uma intensa agenda de retirada de direitos e conquistas sociais", afirma o líder sindical.

A presidenta Dilma Rousseff, que esteve nesta terça-feira (26) em Salvador para entrega de moradias do Minha Casa, Minha Vida, foi recebida no evento por um grupo de cerca de 200 mulheres de organizações feministas e movimentos sociais em um “abraçaço” de solidariedade a ela.

O movimento em defesa da democracia, que se posiciona contra o impeachment da presidenta Dilma está ganhando cada vez mais força e adesão, resultado da indignação brasileira ao movimento corrupto e conservador que planeja tomar a presidência à luz do dia.

O Ex- Ministro da Ciência e Tecnologia e atual membro da Frente Brasil Popular, Roberto Amaral, afirmou com exclusividade ao Portal Vermelho que o momento político no país exige a mobilização do povo, para denunciar todas as manobras da direita que, através do impeachment, impõe a agenda do retrocesso e o fim das conquistas sociais. "A luta de classes está posta e será enfrentada pelo povo", declarou.

A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, declarou com exclusividade ao Portal Vermelho que o país vive um momento decisivo. “A votação do impeachment da presidenta Dilma no Congresso Nacional foi um show de horrores. Mesmo quem não concorda com as ações do governo precisa fazer a defesa da democracia. Os dois lados precisam se unir contra a corrupção e o golpe”, declarou a líder estudantil.

O vice-presidente Michel Temer (PMDB), que já está montado sua equipe de governo para o caso da presidente Dilma Rousseff vir a ser afastada do cargo pelo Senado por meio do impeachment, tem o seu nome citado em quatro ocasiões distintas por delatores da Operação Lava Jato.

Tudo começa com um evento criado no Facebook. Com milhares de presenças confirmadas e um ponto de encontro, milhares de brasileiros estão se encontrando espontâneamente, em várias regiões do país, para dizer não ao golpe. 

Morador da favela do Cantagalo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, o universitário Ronaldo Marinho, de 21 anos, estuda administração de empresas, fala três línguas, e sonha alto. Quer morar no Canadá, país onde já estudou com uma bolsa em 2013, ajudar sua família, e depois voltar para “fazer uma revolução” no morro.

Neste momento de agravamento de crise política e avanço das forças reacionárias, é fundamental que reconheçamos e nos coloquemos ao lado daquelxs que tentam barrar a escalada do fascismo no Brasil.

Por Luiz Modesto*

A luta contra o golpe em curso no país e em defesa da democracia continua ganhando mais força e somando novos personagens. Neste domingo (24), várias atividades culturais e manifestações ocorrerão, mostrando que a opinião majoritária do Congresso Nacional não representa o povo brasileiro. Alguns eventos espontâneos, como os que ocorreram na quinta-feira (21) e na sexta-feira (22)  na Avenida Paulista, Brasília e no Rio de Janeiro, poderão acontecer a qualquer momento. 

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), não anda nada satisfeito com o clima de golpe imposto no país. Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, Ciro participou de uma palestra nesta sexta-feira (22) em Cambridge, nos Estados Unidos, que reúne políticos e empresários para analisar estratégias para o futuro do país. 

A história da crise política no Brasil, e a mudança rápida da perspectiva global em torno dela, começa pela sua mídia nacional. A imprensa e as emissoras de TV dominantes no país estão nas mãos de um pequeno grupo de famílias, entre as mais ricas do Brasil, e são claramente conservadoras. Por décadas, esses meios de comunicação têm sido usados em favor dos ricos brasileiros, assegurando que a grande desigualdade social (e a irregularidade política que a causa) permanecesse a mesma.