A Organização das Nações Unidas para as Mulheres (ONU Mulheres) condenou nessa quinta-feira (24) a "violência sexista" contra a presidenta brasileira Dilma Rousseff e pediu que se proteja o Estado de direito no país. "A ONU Mulheres observa com preocupação o contexto político brasileiro e apela publicamente à salvaguarda do Estado Democrático e de Direito", afirma a nota
A presidenta Dilma Rousseff concedeu nesta quinta (24) longa entrevista à mídia internacional, na qual denunciou o golpe em curso no Brasil. A correspondentes de alguns dos mais influentes jornais do mundo, reiterou que não há base legal para seu afastamento e que tirá-la do cargo assim deixaria cicatrizes profundas na democracia e na política nacional. A presidenta voltou a descartar a possibilidade de renúncia. “Por que eles querem que eu renuncie? Porque eu sou uma mulher fraca? Eu não sou.”
Uma manifestação em defesa da democracia convocada por estudantes da Universidade Presbiteriana Mackenzie ocupou na noite de ontem (23) a Rua Maria Antônia, na Vila Buarque, região central da capital paulista. O local é significativo por ter sido palco de uma batalha entre opositores e defensores da ditadura há 48 anos, quando foi morto o estudante secundarista José Carlos Guimarães.
As ‘células golpistas’, formadas por organizações como o MBL, pegaram carona na discussão do o combate à corrupção, mas esse não é o objetivo maior, já que ideologicamente querem ‘respostas do livre mercado aos problemas do país’. Daí o ódio visceral ao governo Dilma e ao PT.
Por Lauro Mattei*, no Brasil Debate
O governo anunciou nesta quarta-feira (23) a aplicação de R$ 649 milhões em ações de combate ao Aedes aegypti e às doenças transmitidas pelo mosquito – zika, dengue e chikungunya.
A presidenta Dilma Rousseff elogiou na manhã desta quarta (23) a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, que determinou que a investigação relativa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja remetida ao STF. Segundo Dilma, a atitude “restabelece o primado da lei” nas relações entre os órgãos que fazem investigações.
Secretária-executiva da entidade encaminha mensagem a Dilma. E lamenta que, sem provas e com uma ofensiva midiática, se tente "interromper o mandato que os cidadãos entregaram nas urnas".
O presidente do Senado e do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça (22) que é preciso ter “responsabilidade com o país e com a democracia” no que se refere ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Segundo ele, para ocorrer um eventual afastamento da presidenta, o crime de responsabilidade tem que ficar caracterizado. Caso contrário, "o nome, sinceramente, não é impeachment. É outro nome”, analisou.
Professor de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, o ex-desembargador Francisco de Queiroz Bezerra Cvalcanti defendeu, nesta terça (22), que se a presidenta Dilma Rousseff sofrer um impeachment sob o argumento das chamadas “pedaladas” fiscais, ao menos 16 governadores também deveriam ser afastados pelo mesmo problema.
A presidenta Dilma Rousseff fez, nesta terça (22), mais um discurso duro contra a ruptura democrática em curso no país. “Denuncio aqui a estratégia do quanto pior, melhor, que parte das oposições assumiu desde o início do meu segundo mandato. Essa estratégia vem sendo uma ação sistemática, antirrepublicana e antidemocrática, que se manifesta em pautas-bomba e na busca de argumentos falsos e inconsistentes para retirar o mandato outorgado a mim pelo povo brasileiro”, afirmou.
Em uma profunda crise política, o Brasil vive hoje um cenário claro de golpe em curso. No artigo que foi transformado no vídeo abaixo, escrito pelo norte-americano Willian Engdahl, são apontadas evidências de que a saída de Dilma da presidência beneficiaria a política imperialista estadunidense, enfraquecendo, dessa forma, o Brics e retirando o protecionismo brasileiro sob a Petrobras.
O juiz federal Sérgio Moro, da Justiça Federal em Curitiba, enviou nesta segunda (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF) as interceptações telefônicas nas quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversa com a presidenta Dilma Rousseff e com o ministro do gabinete pessoal da presidenta, Jaques Wagner.