Durante palestra em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (10), o vice-presidente da República Michel Temer reafirmou que acertou os ponteiros com a presidenta Dilma Rousseff na reunião que os dois tiveram na quarta (9).
Um time de peso de sambistas do Rio de Janeiro, incluindo Beth Carvalho, divulgou, nesta quarta (9), um manifesto contra a tentativa da oposição de promover o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. No texto, os músicos classificam a abertura de processo para a afastar a governante democraticamente eleita como um “golpe”.
Já há algum tempo temos assistindo, perplexos, a um grupo de deputados, sob o comando do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, decidindo matérias em total dissintonia com o processo democrático e com o interesse do país e da maioria da população.
Por José Roberto Fonseca*
Para o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, a tentativa de golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff geraria insegurança jurídica, pois a insatisfação de uma parcela da sociedade passaria a ser motivo para quebrar o rito das eleições e depor um presidente eleito pelo voto direto.
A presidenta Dilma Rousseff divulgou nota em que afirma que no encontro entre ela e o vice-presidente Michel Temer ambos decidiram ter “uma relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto institucionalmente”.
Em coletiva de imprensa nesta quarta (9), no Palácio do Planalto, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, afirmou que a aprovação da chapa avulsa para compor comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, acolhido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é ilegal.
Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, Moniz Bandeira fala das ameaças imperialistas e também das questões de ordem política relacionadas à possível instauração de um processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Para ele, está em curso um golpe no Brasil “que deve ser contido para não produzir graves consequências para a História do país”.
A líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), divulgou carta à presidenta Dilma Rousseff, “para registrar meu sentimento de força à senhora. Nós, mulheres, lutamos muito para chegar até aqui. Enfrentamos as mais terríveis tempestades, superamos dificuldades de toda espécie – preconceito, problemas de saúde, agressões – porque tínhamos um objetivo que era, ao mesmo tempo comum e coletivo”.
Um dos setores mais organizados da sociedade, o movimento sindical também manifesta seu repúdio às manobras golpistas contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff.
Diante da escancarada violação da Constituição e das manobras de Eduardo Cunha, presidente da Câmara, para impor um golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff, alguns poucos colunistas que têm algum nível de compromisso com o jornalismo estão se posicionando sobre o fato.
Artistas e intelectuais lançaram manifesto em defesa da democracia e a favor da cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Entre as personalidades que assinam o manifesto estão Chico Buarque, Emir Sader, Eric Nepomuceno, Frei Betto, Paulo Betti, Fernando Morais, Chico César e Jorge Mattoso.
A América do Sul é um jogo de possibilidades e também de limites. Uns e outros funcionam ao mesmo tempo e nada é tão simples quanto parece. Para ninguém.
Por Martín Granovsky*, no Página12