Um documento que permaneceu inédito até agora será mais uma peça no quebra-cabeças para esclarecer o desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva (1929-71) durante a ditadura militar.
O governo de Minas Gerais disponibilizou os arquivos do extinto Dops (Departamento de Ordem Política e Social) e da Secretaria de de Segurança Pública do período da ditadura militar, entre 1964 e 1985, para o Arquivo Público do Estado. A iniciativa é foi publicada por meio de decreto no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (31).
Ao visitar nesta terça-feira (29) o antigo prédio do DOI-Codi, a ex-presa política Darci Miyaki disse que não gosta nem de passar perto do local, onde foi torturada durante a ditadura militar (1964-1985). "Depois de 41 anos, é a primeira vez que eu volto para cá”, contou Darci, que foi ao prédio em companhia de outros ex-presos políticos para fazer um reconhecimento do local. Posteriormente, eles vão pleitar a transformação do prédio em um museu ou memorial.
A Comissão da Verdade da Assembleia Legislativa de São Paulo vai propor a revisão do brasão de armas da Polícia Militar paulista. Desde 1981, o símbolo presta homenagem ao golpe de Estado de 1964, que implantou a ditadura militar no país.
Com temática livre, a segunda edição do Prêmio de Pesquisa Memórias Reveladas irá selecionar até três monografias baseadas em fontes documentais relacionadas ao período do Regime Militar, entre 1964 e 1985.
Durante o ano de 2012 a Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF), indentificou 63 corpos de pessoas desaparecidas, que foram descobertos em tempos e lugares diferentes, em valas comuns ou nos terrenos dos quase 500 centros clandestinos de detenção que funcionaram durante a última ditadura militar (1976-1983). Outros restos apareceram enterrados em cemitérios como NN (desconhecidos).
Por Stella Calloni, no La Jornada
A Comissão Nacional da Verdade investiga a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek e de seu motorista Geraldo Ribeiro, em 22 de agosto de 1976. As investigações tiveram início a partir de relatório entregue à comissão pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG (Ordem dos Advogados do Brasil – Minas Gerais).
O Centro pela Justiça e o Direito Internacional (Cejil) anunciou nesta terça-feira (22), na capital paulista, que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) admitiu oficialmente o caso do jornalista Vladimir Herzog, assassinado durante a ditadura.
O estudante Honestino Guimarães foi homenageado na abertura do 14º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb) da União Nacional dos Estudantes (UNE). O desaparecimento de Honestino, atribuído à repressão da ditadura militar (1964-1985), será o primeiro caso investigado pela recém criada Comissão da Verdade da UNE. A comissão vai investigar, apurar e esclarecer casos de morte e tortura de pelo menos 46 dirigentes da entidade.
"Pela verdade, pela justiça". Essas serão as palavras de ordem defendidas pelo movimento estudantil durante o lançamento da Comissão da Verdade Estudantil, que compõe as atividades de abertura do 14º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb), da União Nacional dos Estudantes (UNE), que ocorre nesta sexta-feira (18), em Recife, Pernambuco.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
A Comissão Nacional da Verdade recebeu nesta terça-feira (15) novos documentos entregues por representantes do governo do Rio Grande do Sul. Em novembro passado, a comissão já havia recebido papéis encontrados na casa do coronel reformado do Exército Júlio Miguel Molinas Dias, assassinado quando chegava em sua casa, em Porto Alegre.
Em depoimento prestado à Comissão Nacional da Verdade (CNV) em novembro de 2012, o empresário Boris Tabacof demorou 60 anos para revelar as agressões pelas quais passou ao ser preso, por motivos políticos, em 1952.