Organizada pelo Cuca da UEE-SP, a exposição de fotos tem o intuito de relembrar a juventude dos atos repressivos da ditadura e ao mesmo tempo conscientizar de que não se pode aceitar retrocessos com relação a direitos e ressaltar a importância de se combater os atos violentos e intolerantes que acontecem cada vez mais.
No dia de hoje (25) o Comitê Popular de Santos – Verdade, Memória e Justiça vai promover, às 18 horas, um ato em memória das vítimas e parentes de presos políticos trancafiados, em 1964, no navio prisão Raul Soares.
Por José Carlos Ruy *
Filho do último presidente deposto no Brasil, em 1964, João Vicente Goulart cont como foram os últimos dias de seu pai em território brasileiro, entre 31 de março e 4 de abril, quando, finalmente chegou ao Uruguai.
Há pouco mais de um ano, o mesmo Jair Bolsonaro que exaltou a tortura no último domingo (17) banalizou o crime de estupro no Salão Verde da Câmara Federal ao atacar a colega parlamentar Maria do Rosário afirmando que ela “não merece ser estuprada” por “ser feia”. Desta vez o alvo foi a presidenta Dilma Rousseff, contra quem ele não poupou crueldade ao exaltar um dos mais temidos torturador das Américas, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Por Mariana Serafini
Inconformados com a fala de Jair Bolsonaro na votação do impeachment, que saudou o falecido torturador Coronel Ustra, a União da Juventude Socialista (UJS), realizará um ato nesta quarta-feira, denunciando a prática fascista do deputado, que incita o ódio e defende agressores da ditadura militar. A ação também tem como o intuito relembrar as vítimas do regime que foram torturadas e mortas em defesa da democracia.
“Eu fui espancada por ele [Coronel Ustra] ainda no pátio do Doi-Codi. Ele me deu um safanão com as costas da mão, me jogando no chão, e gritando 'sua terrorista'. E gritou de uma forma a chamar todos os demais agentes, também torturadores, a me agarrarem e me arrastarem para uma sala de tortura”.
“Perderam em 64, perderam agora em 2016. Pela família, pela inocência das crianças em sala de aula, que o PT nunca teve, contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do Coronel Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo exército de Caxias, pelas Forças Armadas, pelo Brasil acima de tudo e por Deus acima de tudo, o meu voto é sim”, declarou Jair Bolsonaro (PP-RJ) na sessão de votação do impeachment da presidenta Dilma no domingo (17) em Brasília.
A luta contra o golpe para derrubar a presidenta Dilma Rousseff vem ganhando cada vez mais adesão de diversos setores da sociedade. No ato na Praça da Sé, na última quinta-feira (31), diversos movimentos sociais, lideranças políticas, coletivos culturais e a sociedade civil se reuniram, com muita música e alegria, para dizer não ao ódio e ao impeathment sem base legal. Ao Portal Vermelho, manifestantes destacaram a importância de fazer a defesa da jovem democracia brasileira.
Em janeiro de 1976, agentes da repressão, disfarçados de funcionários da prefeitura, prenderam, em São Paulo, sem qualquer autorização da Justiça, o operário Manoel Fiel Filho, que 24 horas depois, apareceu morto. Nesta sexta-feira (1º), na semana em que o Brasil lembra os 52 anos do golpe civil-militar, a Rádio Senado apresenta a reportagem especial “Fiel: a história sem fim de um operário”, do jornalista Rodrigo Resende. Com reprise no sábado (2) e domingo (3).
Hoje faz 52 anos do golpe de 64. Os dias que cercaram aquela ação que muitos, como a Rede Globo de Televisão, chamaram de revolução não eram muito diferentes dos que vivemos atualmente.
Por Renato Rovai*, Portal Fórum
O "método Sérgio Moro" coloca em xeque as conquistas democráticas em um país ainda assombrado pela memória do regime de exceção da Ditadura Militar.
A Justiça da Argentina condenou, nesta segunda-feira (28), o empresário Marcos Levín, ex-dono da empresa de transportes La Veloz del Norte, a 12 anos de prisão por ter participado do sequestro de Víctor Cobos, em 1977, então funcionário e sindicalista de sua empresa. Foi a primeira condenação de um empresário como coautor ou cúmplice de crimes de lesa-humanidade referentes à ditadura militar do país (1976-1983).