O Teatro da Universidade de São Paulo (USP) realiza, de 1 a 9 de outubro, o evento “Rua Maria Antonia – 45 anos da Batalha”. A programação é gratuita e compreende a exibição do documentário “A Batalha da Maria Antônia”, de Renato Tapajós, e seis apresentações do espetáculo “Arqueologias do Presente: Batalha da Maria Antônia”, do grupo OPOVOEMPÉ.
O Brasil volta a pedir desculpas às pessoas que foram perseguidas durante a ditadura militar. Nesta sexta-feira (20), o Ministério da Justiça irá realizar, em Brasília, a 73ª Caravana da Anistia, cujo ponto alto será a apreciação do requerimento de anistia post mortem do ex-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Honestino Monteiro Guimarães.
O bispo emérito da Igreja Presbiteriana e teólogo Paulo Ayres disse nesta quarta (18) durante depoimento às comissões Nacional e Estadual da Verdade no auditório da Caixa de Assistência dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro (Caarj), no centro do Rio, que não se pode demonizar a atuação de igrejas com a definição somente de que elas apoiaram o golpe de 1964 e a ditadura. Muitos integrantes, como ele, defendiam posições contrárias.
A ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse neste domingo (15) que a informação de que o Brasil teria colaborado com o ex-ditador chileno Augusto Pinochet para a criação de armas biológicas que seriam utilizadas para eliminar opositores ao regime é mais uma prova da conexão entre as duas ditaduras.
A Comissão Estadual da Verdade Paulo Stuart Wright (CEV) convida para Audiência Pública especial a ser realizada no dia 23 de setembro, às 14h, na Sala das Comissões da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em Florianópolis.
Desde 2012, a Comissão Nacional da Verdade investiga o desaparecimento de aproximadamente 2.000 índios da etnia Waimiri-Atroari durante a ditadura militar. O sumiço dos indígenas, cujo território se estendia de Manaus até o sul de Roraima, ocorreu entre 1968 e 1983, época em que o governo federal construiu a rodovia BR-174 –ligando a capital amazonense a Boa Vista– para atrair à região projetos de mineração de multinacionais.
Como manter viva a memória dos que tombaram durante a ditadura militar? De que maneira contornar os impedimentos legais trazidos pela Lei da Anistia, promulgada há trinta anos, e prosseguir com os trabalhos de resgate e reconstrução deste período? De que modo juntar os fatos dispersos para montar o quebra-cabeças e recuperar a imagem de uma das fases mais escuras da história do nosso país? Essas e outras questões são discutidas no documentário 'Verdade 12.528'. O documentário Verdade 12.528, cujo nome se relaciona exatamente à lei que criou a Comissão Nacional da Verdade em 2011 e a instituiu em maio de 2012, vem dar a sua contribuição no sentido de aprofundar o debate.
O 11 de setembro da América Latina está completando 40 anos. Trata-se de uma data trágica que corresponde ao golpe comandado pelo general Augusto Pinochet que derrubou o presidente constitucional Salvador Allende. Muito se denunciou sobre a participação dos Estados Unidos comprovada por inúmeros documentos oficiais demonstrando a culpa no cartório do então Secretário de Estado norte-americano, Henry Kissinger.
Por Mario Augusto Jakobskind
Neste sábado (14), ocorre mais uma edição do Sábado Resistente, que contará com sessão especial do documentário inédito “Lua Nova do Penar” e homenagem ao centenário de Hiram de Lima Pereira.
A historiadora britânica Tania Harmer, da London School of Economics, foi quem descobriu a existência dos papéis diplomáticos chilenos que descrevem a participação do Brasil no golpe de 1973. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a historiadora revela como a ditadura instaurada no Brasil foi usada de modelo pelos chilenos.
Por Roberto Simon, em O Estado de São Paulo
O resgate da memória de desaparecidos e perseguidos políticos do regime militar vai ganhar forma com a criação do primeiro centro de memória do país em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. A sede será onde funcionou por décadas a vergonhosa “Casa da Morte”, no bairro de Caxambu. Segundo relatos de sobreviventes, diversas pessoas foram presas, torturadas e mortas no local pela ditadura.
Revogado o Ato Institucional 5 (AI-5) em 1978, o cinema brasileiro, que estava "sob" a ditadura, voltou suas câmeras para o regime de exceção. O livro “Ditadura em imagem e som” analisa filmes "sobre" a ditadura militar produzidos entre 1979 e 2009. Uma produção vasta: somente nos anos 1980 foram lançados mais de 30 obras com essa temática. Nas três décadas seguintes, o assunto continuaria frequentando as telas – nos anos 2000 mais de 20 lançamentos tinham a ditadura como foco.