O ano de 2018 certamente não está escrito nas estrelas. As incertezas que o envolvem não nos permitem fazer prognóstico confiável, mas parece evidente que a disputa política será em ambiente de anormalidade, herança dos momentos de golpe de Estado
Por Guilherme Santos Mello*
O povo está de costas para os golpistas, e neste Ano Novo que recém começou o povo quer democracia e o direito de escolher seus governantes. A primeira batalha será no dia 24, em Porto Alegre.
Por José Dirceu
"Devido ao controle salarial e dos sindicatos pelo governo, os salários ficaram em um nível bem mais baixo do que em uma democracia pluralista com livre negociação salarial e direito à greve", diz estudo.
O relatório divulgado na semana passada pela Volkswagen sobre a época da ditadura é omisso, diz o IIEP (Intercâmbio, Informações, Estudos e Pesquisas), que colhe informações sobre o período. A entidade contesta a argumentação básica da empresa, de que as violações de direitos humanos ocorridas em fábricas foram ações isoladas da área de segurança industrial.
Relatório produzido a pedido da empresa Volkswagen (VW) indica a colaboração da montadora alemã com a ditadura militar brasileira, mas alega que ocorreu por meio de um chefe de departamento, “com o conhecimento tácito da diretoria”. A Agência Brasil teve acesso ao documento, entregue previamente a sindicalistas reconhecidos como vítimas.
"Nós analisamos novas documentações, um outro conjunto probatório e chegamos à conclusão que, muito provavelmente, muito possivelmente, o que aconteceu com Juscelino Kubitschek é que foi um atentado político, tendo em vista uma série de novas circunstâncias que foram objetos da pesquisa. (…) Pelo menos oito contradições são relatadas em nosso relatório", disse o coordenador da Comissão da Verdade de Minas, Robson Sávio Souza.
O consórcio das ditaduras do Cone Sul para eliminar opositores nasceu no Brasil, afirma o ativista Jair Krischke.
Por Sérgio Lirio*
O jornalista Vitor Nuzzi, da Rede Brasil Atual, informa que a Volkswagen divulgará na quinta-feira (14) os resultados de um estudo sobre a atuação da empresa durante a ditadura brasileira. A divulgação deverá ser feita simultaneamente aqui e na Alemanha, país sede da companhia. Alguns ex-funcionários – incluindo um trabalhador preso na própria fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, em 1972 – decidiram não comparecer ao evento.
Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira (06), a Comissão da Verdade em Minas Gerais (COVEMG) informou que recebeu com surpresa e indignação a notícia da realização da operação da Polícia Federal e da condução coercitiva de dirigentes da UFMG para prestar esclarecimentos sobre as obras do Memorial da Anistia, construído no campus de Belo Horizonte.
Os grupos que saem às ruas, hoje, vestidos de verde e amarelo, pedindo uma nova intervenção militar no Brasil, afirmam, entre outras coisas, que na época da ditadura não havia corrupção, desvio de recursos públicos e práticas desse tipo.
Por Marco Weissheimer*
A montadora é acusada de reprimir funcionários e cooperar com regime militar brasileiro. O documento faz parte de inquérito do MPF contra a Volkswagen.
“Hiatus: a memória da violência ditatorial na América Latina” traz a público o tema do trauma provocado por regimes autoritários, assim, torna-se uma poderosa ferramenta de conscientização e reflexão. É dessa premissa que nasce a exposição “Hiatus: A memória da violência ditatorial da América Latina”, uma parceria do Memorial da Resistência de São Paulo com o Goethe-Institut São Paulo e o Instituto de Estudos Avançados da USP.