Como foi amplamente divulgado pela imprensa nos últimos dias, o crescimento de 1% do PIB no primeiro trimestre deste ano resultou fundamentalmente do excepcional desempenho do setor agrícola, puxado pela demanda externa e empurrado por condições climáticas favoráveis. Porém, depois de acendermos uma vela a São Pedro e outra ao apetite dos gringos, vale atentar para alguns problemas que a dinâmica de nosso comércio exterior ainda revela.
Por Marcelo P. F. Manzano
As delações de Joesley & cia revelaram o que os sabidos da mídia estão carecas de saber, mas fingem ignorar. Por essas e outras, resolvi retomar o tema das relações entre a Política e os Negócios, assunto tantas vezes debatido nesta coluna.
Por Luiz Gonzaga Belluzzo*
Nesta semana, teremos eleições na Grã-Bretanha. As primeiras, depois do divórcio com a União Europeia, o brexit. Até algumas semanas atrás, dava-se como barato a vitória dos conservadores da primeira-ministra Thereza May por larga vantagem.
Por Robertp Requião*
Monbiot tem o dom da palavra, e o associa a uma impressionante lucidez. Em geral não gosto de livros em que o autor reúne artigos, mas no caso dele a qualidade dos textos, a variedade das questões tocadas, a capacidade de ir direto onde dói e de explicitar os nossos dramas culturais, sociais, econômicos e políticos constitui um refresco. O que os artigos têm em comum aparece exatamente no título: como é que fomos nos meter nesta encrenca? E haja encrenca.
Por Ladislaw Dowbor
Alguns dos maiores empresários brasileiros já começam a quebrar o silêncio e a pedir abertamente a saída de Michel Temer. Foi o que fez neste domingo o bilionário Guilherme Paulus, dono da CVC, maior operadora de turismo da América Latina, em entrevista a Danielle Nogueira em O Globo.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, parece que mudou de ideia sobre a situação econômica do país. Ele afirmou, nesta segunda-feira,que a recessão brasileira chegou ao fim. "Essa recessão não tem mais para onde ir", afirmou Rabello em entrevista ao Canal Livre, da rede Bandeirantes.
A atividade do setor de serviços voltou a apresentar contração em maio, com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) recuando a 49,2, ante 50,3 em abril, em um cenário econômico mais difícil e com a demanda contida, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira.
De acordo com e professora de Economia da UFRJ, Esther Dweck, diferente do que diz o governo, o resultado positivo do Produto Interno Bruto do primeiro trimestre não aponta para o fim da recessão. Segundo ela, não há sinal efetivo de retomada de crescimento e o cenário que se delineia é de uma estagnação em um patamar muito baixo, com efeitos negativos para o emprego e a distribuição de renda. A economista prevê ainda que a aprovação das reformas deve agravar tal quadro.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1% nos três primeiros meses de 2017 em relação ao trimestre anterior, após oito trimestres de retração. Apesar de o governo comemorar o que considera ser o fim da recessão, muitos não vislumbram ainda o encerramento da crise. Mais que uma recuperação sustentável, o resultado indicaria um movimento cíclico natural da economia, após recessão tão profunda. “Aparentemente chegamos ao fundo do poço”, diz o economista Bráulio Santiago Cerqueira.
Para professora de Economia da USP, sem reforma tributária, corte de desonerações, melhora da situação fiscal e das condições políticas, não há como fazer um programa de investimento em infraestrutura.
Em conferência da Unicamp, economista diz que trabalhadores precarizados são, hoje, um símbolo da "situação horrorosa" do homem contemporâneo. Debate abordou 150 anos de "O Capital", da Karl Marx.
Nesta terça (30), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, escancarou a quem serve o governo. Segundo ele, a agenda do Congresso está em sintonia com a de Michel Temer e tem como foco o mercado. Para Flávio Tonelli Vaz, especialista em orçamento e políticas públicas, é a isso que Temer se refere quando diz que pôs o país nos trilhos: “Nos trilhos do mercado. E a agenda do mercado não é a do emprego, da produção. É a do mercado financeiro. Não tem a ver com o povo, com inclusão social e cidadania”.