A remessa de dólares do Brasil para o exterior superou a entrada e resultou num fluxo cambial negativo de US$ 399 milhões em fevereiro, conforme informações divulgadas nesta quarta-feira (3) pelo Banco Central.
A cotação do dólar caiu 0,83% nesta terça-feira, fechando a R$ 1,783 na venda. Foi o terceiro dia consecutivo de queda, embora no ano a moeda americana ainda acumule valorização de 2,29%, comportamento que assessores do Ministério da Fazenda atribuem à preocupação com o déficit em conta corrente.
Por Umberto Martins
Em artigo postado em seu blog nesta terça-feira (2), o presidente Nacional do PCdoB, Renato Rabelo, critica aquilo que ele denomina de "processo de financeirização" da economia, onde os lucros do sistema financeiro, particularmente dos bancos, são muito maiores que os das empresas, com o agravante de que os bancos estão hoje apartados da esfera produtiva da economia brasileira. Veja abaixo a íntegra do artigo:
O ano de 2010 começou com perspectivas melhores para os trabalhadores. A combinação de baixa inflação e expectativa de crescimento da economia está resultando em campanhas salariais vitoriosas, com negociações mais rápidas, sem greves, e com aumentos reais superiores aos negociados em 2009.
Durante os anos da politicamente planejada e instruída economia, os líderes chineses tinham todas as possibilidades de ordenar os encarregados das fábricas do país para aumentar ou, ao contrário, congelar seus investimentos. Mas essa época já passou sem volta. As instâncias de Beijing para cessar a criação de novas unidades de produção em setores reconhecidamente superprodutivos foram ignoradas.
Por Lee Wong, no Monitor Mercantil
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que não enxerga na declaração do presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, a iminência de um aumento da taxa de juros. Ele disse ainda que torce para que isso não aconteça. "O aumento do compulsório já é uma medida que reduz a liquidez do mercado", disse.
O maior sindicato de servidores públicos da Grécia avisou ao governo que vai enfrentá-lo se as autoridades aplicarem alguma das medidas de contingência propostas para combater a crise, como a eliminação do 14º salário.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou nesta terça-feira que o governo continuará a trabalhar para elevar o volume de crédito do Brasil. "Hoje o crédito no Brasil ainda não é tudo o que nós queremos", afirmou Lula durante discurso em cerimônia de inauguração de uma fábrica no interior de São Paulo.
Em seu programa de rádio semanal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um balanço da viagem que fez na semana passada a Cuba, México, Haiti e El Salvador, Lula defendeu o aumento do comércio entre os países latino-americanos e a redução do superávit brasileiro com essas nações.
A crise internacional pôs a nu a fragilidade financeira, monetária e fiscal dos países desenvolvidos, que estão sendo obrigados, para estimular o consumo, a operar com taxas de juros reais (excluída a inflação) negativas. A ajuda governamental ao sistema financeiro insolvente criou déficits fiscais e endividamentos públicos sem precedentes.
Por Amir Khair, no jornal O Estado de S. Paulo
O que leva economias nacionais ou mesmo mundial a uma crise enorme, na qual todos os sinais anteriores são ignorados pelos organismos internacionais e autoridades reguladoras?Esse é um tema que intriga economistas, cientistas sociais, todos aqueles que consideram que a economia não é uma ciência exata, mas uma ciência humana, sujeita a influências políticas, subordinada ao clima de negócios.
Por Luis Nassif, no Último Segundo
A maioria dos meios de comunicação bate o pé na gravidade das dificuldades que a Grécia atravessa (e também Espanha, Irlanda e Portugal) no contexto europeu. Eles apenas fazem eco da crise muito mais severa, devastadora e potencialmente letal que assola as economias pós-soviéticas vinculadas ao plano de integração na Zona do Euro.
Michael Hudson e Jeffrey Sommers, na Carta Maior