A pesar da forte aceleração do nível de atividade – a expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) na virada do ano esteja com uma taxa anualizada de crescimento da ordem de 10% – não está claro, para a área econômica do governo, que o aumento da taxa básica de juros em 2010 seja inexorável.
Por Claudia Safatle, no jornal Valor Econômico
Nos próximos 20 anos o Brasil terá que dar conta de uma série de reformas em políticas de educação, saúde, seguridade social e trabalho para se adequar às mudanças em curso na sociedade. O alerta é do presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, que na quinta-feira (3) ministrou palestra no Programa de Estudos Avançados para Líderes Públicos, em Foz do Iguaçu (PR).
O prêmio Nobel de Economia, Paul Krugman, professor da Princeton University nos EUA, afirmou que o atual nível de câmbio do Brasil "é um problema real e, se for mantido no atual patamar — por um prazo duradouro —, pode prejudicar a economia nacional, especialmente gerando efeitos negativos sobre as exportações e o agravamento do déficit das contas correntes".
Brasil e China fizeram, mês passado, a primeira operação financeira diretamente nas moedas dos dois países, sem conversão para o dólar. A filial brasileira da fabricante de ar-condicionados Gree enviou quase R$ 1 milhão para sua matriz pelo Bank of China, que recebeu o dinheiro em reais e o entregou em iuans três dias mais tarde em uma agência na Província de Guangdong.
Os países que não puderem desvalorizar suas moedas para se manter competitivos vão reagir com protecionismo
Por Michael Pettis, do Financial Times, na Folha de S. Paulo
A Petrobrás criou uma barreira técnica que vai dificultar a entrada de máquinas e equipamentos importados no país, principalmente vindos da China e da Índia. O primeiro produto atingido é a válvula industrial, mas as novas regras podem ser estendidas a outros itens, como motores, bombas, rolamentos ou redutores.
Inutilmente, o presidente norte-americano, Barack Obama, visitou a China, competidor dos EUA. A China que enfrentou a crise econômica mais como oportunidade para crescer do que como ameaça, enquanto, os EUA foram atingidos por duro golpe da crise mundial e agora dependem cada vez mais das reservas cambiais da emergente superpotência econômica para financiarem com "dinheiro quente" sua evolução à recuperação.
Por Lee Wong, no Monitor Mercantil
Em apenas 3 dias, país recebe mais dólares do que a soma de 3 semanas
Brasília – O fluxo de dólares para o Brasil cresceu expressivamente semana passada.
Oficialmente, desde o dia 1º último, São Paulo deixou de ter um banco público estadual. É que neste dia foi extinta a diretoria da Nossa Caixa, vendido pelo governador de São Paulo, José Serra, para o Banco do Brasil em março deste ano. Desde então, o banco foi gerido por uma direção compartilhada entre as duas instituições.
A taxa de crescimento do produto Interno Bruto (PIB) de 2010 pode passar de 6%. Há um crescente número de economistas que aposta nessa taxa forte e a explicação para um percentual tão alto está no investimento. Bancos e consultorias que apostam em PIB superior a 6% projetam, também, um aumento dos gastos em máquinas, equipamentos e construção civil próximo a 20% no ano que vem.
A economia brasileira reagiu bem à crise e se encontra num momento favorável, mas é preciso tomar cuidado com o excesso de euforia em relação ao país, que tem levado a uma exagerada e preocupante valorização do câmbio, advertiu ontem o economista Paul Krugman, Nobel de Economia em 2008.
Por Sergio Lamucci, no jornal Valor Econômico
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, um dos convidados do “Seminário Internacional Sistemas de Proteção Social: Desafios no Contexto Latino-americano”, que acontecerá em Brasília, de 8 a 11 de dezembro, explica que mesmo durante o período mais acentuado da crise econômica mundial, o Brasil conseguiu reduzir a taxa de pobreza.